segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Que chegada hein 2012!

Dia 31 de Dezembro de 2011 foi para eu não esquecer tão cedo. O processo ir para Copacabana estava ficando complicado. Estresses a parte, conseguimos sair de casa 18:00h, pegamos um táxi 5 minutos depois, e claro, na pressão, já que as ruas de acesso a Copacabana fechariam às 18:30h. Com todo o nervosismo, quando estávamos quase chegando, vimos um carro da Guarda Municipal com cones, assim que nós e o taxista vimos, passamos a frente desse carro e conseguimos chegar em Copacabana a tempo! Depois de talvez dois minutos as ruas fecharam.
Ao chegarmos lá, tomamos um suco e começamos a andar da rua Miguel Lemos para Joaquim Nabuco pelo calçadão da praia. Depois de andar um bom pedaço da Joaquim Nabuco, chegamos no apartamento em que sempre ficamos. Entretanto, este ano foi inventado de nós voltarmos de táxi, então só ficamos lá de 20h até 21h. Quando saímos do apartamento estava chovendo, tivemos que usar guarda-chuvas. Resolvemos ir andando para o palco onde teria o show do Rappa, achamos que era no Palco Água, então fomos andando, entramos na areia e achamos bem melhor que as ruas porque estava muito mais vazio. Mas depois lembramos que o Rappa era no Palco Sol, o palco principal, então lá fomos nós andar mais, como se já não bastasse meu pé estar totalmente molhado, naquela hora estava cheio de areia. Depois de irmos andando & andando, vimos várias pessoas já bêbadas, precisando ser carregadas pelos amigos ou familiares. Quando estávamos chegando perto do palco principal, que ficava em frente ao Copacabana Palace, o espaço das ruas foi ficando pequeno para a quantidade de pessoas que estavam naquele local! Como se já não fosse o bastante, como se nós já não desejássemos que aquele querido palco chegasse logo, nós vimos que tínhamos chegado nele sim, mas estávamos de frente para a parte de trás do palco! Como eram 22:10h, o show começava 22h, resolvemos tentar ir para o final da multidão pelo cantinho da rua, e já que o show do David Guetta era no mesmo palco, ficaríamos por lá direto. Porém como eu disse anteriormente, iríamos TENTAR. Então seguimos em frente, cada vez mais & mais apertado, com o calor crescendo, um empurra-empurra maldito, muita gente suada, a chuva caindo em cima de nós e ainda por cima o medo que estava presente de nós nos perdemos naquela muvuca. Sério, aquilo estava até assustador para algumas pessoas, tinha gente que estava passando mal. Em um certo momento, estava completamente impossível andar, NINGUÉM ANDAVA! Todos só queriam sair daquele lugar e ninguém conseguia. Claro que tinham umas pessoas bancando as espertas dando empurrões com mais força, pessoas com raiva empurrando todos querendo passar logo... já deu para imaginar a situação né? E nisso o show do Rappa rolando, mas naquela hora eu não estava ouvindo nada, até porque eu nem conheço muita coisa do Rappa. Aquela hora estava como se fosse num filme onde a música do ambiente fica abafada e a pessoa só escuta o que as pessoas estão falando. A situação estava começando a ficar cada vez mais crítica, onde uma hora começaram a dizer que não tinha mais como passar para o outro lado, que a rua estava fechada ou coisa parecida, então não tínhamos outra escolha a não voltar TUDO aquilo que tínhamos andando no total sufoco. Combinamos que iríamos entrar na próxima rua lateral. Depois do que pareceu uns 20 minutos para sair de lá no total aperto, entramos na próxima rua lateral, como muitas pessoas também fizeram, mas a rua estava com um estande imenso de atendimento médico e só tinha o espaço de uma calçada para aquela multidão toda passar. Quando já tínhamos entrado na rua, as pessoas lá da frente empacaram e começaram a gritar. Depois de um tempo começaram a dizer que a rua estava fechada lá na frente, então tínhamos que voltar tudo de novo, num aperto horroroso, com pessoas bêbadas passando, gente gritando e a chuva que não parava de cair. Ah, um detalhe: estava segurando um guarda-chuva, daqueles que não encolhe, aqueles grandões mesmo, minha mão já estava enrugada de tanto tempo segurar aquilo molhado, porque claro que naquele sufoco ficar com o braço para cima não estava agradável, então preferi ficar embaixo da chuva mesmo. Acho que tivemos o azar de passar naquele lugar justamente na hora da saída dos passageiros que chegavam de metrô. Depois de sair desse segundo sufoco, de ter que sair da multidão, comecei até me sentir um pouco culpada por fazer quem estava comigo passar por tudo isso, quando eu era a única que estava insistindo de ir para Copacabana e tentar ver o show do David Guetta.
Bem.. com esse vai e volta todo, gastamos mais ou menos uma hora. Faltando 54 minutos para 2012, decidimos que não iríamos mais para o palco principal, já estávamos muito cansados e fomos andando para o posto 6, onde sempre viramos o ano quando vamos para Copacabana e é mil vezes mais tranquilo que aquele lugar. Estávamos próximos ao palco principal que era no posto 3! Fomos andando, mas as ruas estavam com muita gente, então entramos numa das ruas laterais e começamos a andar mais rápido porque eram 23:15h e ainda estávamos no meio de muita gente bêbada, suada e louca mesmo. Podem me achar fresca e/ou maluca por querer sair daquele lugar por causa disso, mas aquele ambiente não estava nada agradável. Quanto mais os minutos passavam, mais perto chegava de 2012, mais pessoas desciam de seus apartamentos todas animadas, nós totalmente cansados, e eu com aquela sensação de querer voltar e fazer as coisas diferentes, de não ter ido até o palco principal, ficar presa naquele bolo de pessoas, e depois ficar presa em outro bolo de pessoas e estar andando com pressa para chegar o mais próximo possível do posto 6 e pensando "não acredito que isso está acontecendo, não era para ter dado tudo tão errado assim, não era para estarmos com essa pressa toda faltando tão poucos minutos para chegar um ano novo, não era para estarmos tão cansados quanto estamos agora, eu quero estar com a alegria destas pessoas que estão passando no meu lado no sentido oposto do meu caminho, no que eu me meti? Eu podia estar em casa agora, no maior conforto...". Confesso que nessa hora cogitei a ideia de que se eu passasse o Reveillon em casa seria melhor do que em Copacabana, e acreditem, para eu dizer isso, eu estava realmente exausta. Conforme os minutos iam passando, as ruas mesmo que sendo as laterais iam ficando lotadas com pessoas gritando animadas, ou bêbadas mesmo, todos os ônibus empacados nas ruas e eu me arrastando cada vez mais para andar, mas tentado andar o mais rápido possível. Quando faltavam 20 minutos para meia-noite decidimos parar e ir para as ruas de frente para a praia. Paramos em uma calçada que estava consideravelmente vazia em relação aos outros lugares, talvez porque tinham vários banheiros químicos perto, mas não estava tão perto a ponto de incomodar então ficamos lá mesmo. Os minutos foram passando, algumas pessoas gritaram e vimos que faltavam 5 minutos, e não se esqueçam: ainda estava chovendo e eu ainda estava segurando o guarda-chuva, mas isso não significa necessariamente que eu estava seca. Na verdade todos nós estávamos molhados, só na cabeça que nem tanto porque mesmo com o guarda chuva estávamos com um chapéu então protegia mais, principalmente quando cansávamos de segurar o guarda-chuva e ficávamos sem ele. Esses cinco minutos se passaram e finalmente chegou 2012 \o/ Pela primeira vez não teve contagem regressiva coletiva, e como eu estava esperando que os outros começassem com isso, eu nem contei os segundos. Mas que seja, demos sorte - pelo menos nessa hora né, deve ter sido a recompensa por nós termos passado por tudo o que passamos nas últimas horas -, de ficarmos na direção de uma balsa! Vimos tudo na nossa frente direitinho, tudo muito legal, muito show, muito incrível haha! Particularmente adoro aqueles fogos em formato de coração, e esse ano vi um  tipo que eu nunca tinha visto antes, os "miojinhos", que iam caindo fazendo uma espiral. De todas as vezes que fui para Copacabana - ok, essa foi a quarta vez -, foi a primeira vez que eu consegui ver tudo direitinho, porque na última vez só vi fumaça, consegui ver no máximo 5 fogos, talvez no posto 6 a fumaça atrapalhe muito. A primeira coisa que saiu da minha boca em 2012 ou foi um "uúúúhl" ou "que legal!", porque quando começaram os fogos todos gritaram, provavelmente eu gritei junto, e quando os fogos começaram eu fiquei falando "que legal!" inúmeras vezes. O final foi a melhor parte para mim, fazendo muito barulho mesmo haha! Quando acabou tiramos fotos e continuamos nossa caminhada para o posto 6 para... pegar táxi!!! Sim, podem nos chamar de loucos, mas lá fomos nós tentar pegar táxi, porque as outras ruas estavam fechadas. Mas nos primeiros passos, minha perna e meu pé começaram a doer bastante, não sei se foi porque eu estava de chinelo, mas mesmo assim, fomos andando um pouco mais rápido. Nesse caminho, vi várias pessoas bêbadas sendo carregadas por outras pessoas, pessoas vomitando, pessoas dizendo que estavam tontas, e cheguei até a ver um cara deitado na calçada toda nojenta & molhada, com uma cara não muito normal e que estava claro que estava acontecendo alguma coisa, tinha até alguma coisa saindo da boca dele, mas como a cena já estava bastante nojenta, achei melhor não procurar entender o que era. 
Quando chegamos ao posto 6, fomos para a Joaquim Nabuco, a rua onde teria um ponto de táxi. Quando chegamos lá, não tinha ponto de táxi nenhum, tinha uma multidão procurando táxi, e estava cada vez mais difícil. Fomos andando & andando e nada de encontrar um táxi disponível, porque quando aconteceu de encontrarmos dois táxis vazios, os motoristas não aceitavam nos levar para onde iríamos. Os minutos foram passando, as dores foram aumentando absurdamente, estresses foram surgindo, e nada de encontrar um táxi. Ficamos andando nas ruas Rainha Elizabeth e Bulhões de Carvalho. Muitas festas estavam acontecendo aquela hora, muita gente bêbada nas ruas, muitas garrafas jogadas nas calçadas, e quando estava esperando para atravessar a rua de costas para um prédio, aparece do nada uma mulher e um cara na janela desse prédio, no primeiro andar, e jogam champanhe em mim ou pelo menos tentaram. Nem preciso dizer que eu levei um susto, e nem que os dois estavam bêbados né? Só caiu champanhe no meu braço, o cara estava tentando me acertar, então simplesmente atravessei a rua, não estava afim de me molhar mais do que eu já tinha me molhado de chuva. Ah! A chuva parou assim que os fogos acabaram! Parece até ironia né? Se não foi assim que os fogos acabaram, foi um pouquinho depois. Mas voltando à caça de táxis, o pior de tudo era que havia muitos sim, mas sempre estavam com passageiros, parecia impossível conseguirmos algum, parecia que estávamos entrando em um pesadelo, e isso logo nos primeiros minutos de 2012. Acabamos andando até Ipanema, mas não adiantou muito, e lembrem-se: estava muito cansada, exausta e com muita dor no pé e nas pernas. O que nos salvou foi que o taxista que nos levou para lá, nos deu o número do seu celular para quando fossemos voltar para casa! Tínhamos dito que só voltaríamos umas 3h, já que o show do David Guetta começava às 2h, e pegaríamos o táxi perto do Leme. Claro que a situação estava totalmente invertida, mas eu não achava que íamos pegar um táxi tão cedo, então disse para ligarmos logo para o taxista. Ligamos, ele atendeu, estava saindo de casa aquela hora, 1:10h, e acabou que o combinado foi que nós iríamos nos encontrar na rua onde seria o ponto de táxi, em Copacabana. Claro que isso gerou mais estresse entre a gente, afinal estávamos com muitas dores, muito cansados, desesperados para irmos embora e teríamos que andar tudo o que já tínhamos andando, voltando para Copacabana. Entretanto, como ele mora muito longe de Copacabana, continuamos andando procurando algum táxi, se achássemos um disponível ligaríamos e ele pegaria com certeza algum passageiro em segundos. Como aquilo parecia um jogo em que colocaram na fase 'hard' para acharmos algum táxi, não achamos nenhum disponível, e finalmente o taxista chegou \o/ E mesmo assim, quando ele estava parando na nossa frente, um casal se enfiou na nossa frente e foi abrindo a porta. Nessa hora NINGUÉM me faria de boba, não mesmo! Só sei que já fomos dizendo que aquele táxi nós que tínhamos ligado, e nós que entraríamos lá. A mulher ainda estava bêbada. E assim, o que parecia impossível aconteceu: conseguimos entrar num táxi \o/ Não estava nem acreditando que nós finalmente tínhamos conseguido *-* Ah sim, entramos no táxi 01:50h. Depois de ficarmos várias horas em pé andando para lá e para cá, no vai e volta embaixo de chuva, segurando guarda-chuva, pegando chuva, finalmente estávamos indo para casa *o* Soube de pessoas que ainda estavam tentando pegar táxi às 8h, e eu que estava reclamando que eu demorei para conseguir um táxi haha!
Só consegui dormir 3h e acordei 14:30h hahaha! Mas agora minha situação é: pernas doendo, coxas doendo, pés doendo, mãos doendo. Não sei se o chinelo fez com que minha situação piorasse, mas sei que é graças ao guarda-chuva que minhas mãos estão doendo. Se eu não queria passar o Ano Novo em casa porque não fica muito marcado na lembrança, essa virada de ano com certeza não vai ser esquecida por mim tão cedo hahaha! Parece até de propósito! E o show do David Guetta fica para uma próxima vez...
Mas que seja, estamos em 2012 agora, é um ano novo, para novas experiências, novas amizades, e novos acontecimentos! Que 2012 seja feliz \o/ 

Um comentário:

Jéssica disse...

A Saga do Ano Novo!
OMG, Min. Isso parece até filme, tipo Desventuras em série. Mas aidaa bem que deu tudo certo e se você queria algo indesquecível, bem, você conseguiu! HAUSHAUHSUAHS'