Hoje tudo voltou a ser como antes. Não diria tudo, apenas a duração das coisas, já que a pressão é maior, o cansaço é maior, o nervosismo é maior, e a força de vontade precisa ser maior. Não queria voltar a isso, mas não há outra escolha - pelo menos uma escolha que seja produtiva. Não há muito o que fazer quando a vontade é voltar no tempo e desejar que ele não passe, que escolhas não precisem ser feitas, que sacrifícios por um ano - ou mais - precisem ser feitos. A única saída é fazer o que é pedido e, acima de tudo, o esperado. Quando aquele sentimento de obrigação de obter sucesso em algo parece ser do tamanho do mundo e ainda ser preciso conseguir manter a calma para não jogar fora tudo aquilo que foi visto todo aquele tempo, alguns não aguentam, é demais, arrumam um jeito de fugir disso, de tentar relaxar e esquecer essa história toda, pelo menos por um tempo. Cada um destes batalhadores possuem um jeito de colocar para fora aquilo que se acumula dentro de si mesmo por lágrimas, gritos, atividades físicas, músicas, conversas, escritas. O importante é colocar para fora. Mas o mais difícil de se deixar de lado, esquecer, é aquele que parece estar presente em todo o período: o medo. O pior inimigo de todos, muito difícil de controlá-lo. Seja como for, este ano é o ano.
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"O medo e o entusiasmo são contagiosos." - Marquês de Maricá
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