sexta-feira, 28 de novembro de 2014

Sobre o amor

"Então aqui estou eu. Sentado na minha cama e escrevendo sobre amor. Ao meu lado está meu bulldog inglês, Pumba - o grande amor da minha vida. Quando me pediram para escrever algo sobre amor, eu aceitei na mesma hora, mas agora estou pensando... que p**** eu sei sobre o amor?!
Acho que eu aceitei porque desde que posso me lembrar, eu acredito nele. Eu acredito no amor e nada além disso. O tipo de amor grande, o esmagador, o totalmente fora do controle e acima de tudo, o tipo de amor "eu faria qualquer coisa por você".
Por que eu acredito nisso? Eu não sei, não faço ideia. Tudo que eu sei é que eu acredito.
Desde que eu era um garotinho sentado no meu quarto da casa dos meus pais, numa pequena vila de 800 pessoas chamada Loitsche, na parte leste da Alemanha, onde cresci, eu era consumido pelos meus pensamentos sobre grandes cidades, cantar, estar no palco e encontrar meu grande amor. Meu irmão gêmeo, Tom, nunca entendeu essa parte. Ele não ligava para isso.
Meus amigos algumas vezes zoam de mim e quase todos que conheço pensam que tenho uma ideia de conto de fadas sobre o amor e sempre dizem que não é como nos filmes - que eu sou muito romântico e tudo isso é só uma fantasia minha. Eles dizem, "na vida real, o amor funciona bem diferente!"
As pessoas pensam que sou muito ingênuo porque nunca me machuquei e tudo que eu penso é que eles provavelmente se machucaram muito. É por isso que eles dizem coisas como essa. Que alguém quebrou seus corações ou talvez nunca tenham realmente amado alguém o suficiente e é por isso que eles não se identificam com o que digo.
A parte engraçada disso é que eu provavelmente sou quem mais se machucou entre todas essas pessoas juntas. Coração quebrado, completamente destruído, o pior tipo de coração partido que você pode imaginar. Pior do que eu havia imaginado que poderia acontecer comigo. Enganado, traído, pego para tirarem vantagem. Estou dizendo isso sem contar a história toda, claro, mas eu quero que as pessoas saibam que coisas como essas acontecem comigo também - para aqueles que parecem estar "cobertos de ouro".
Embora eu ainda esteja tentando me curar, ainda acredito - o que é algo bom. Eu ainda acredito na mágica, no grande único amor da vida. Isso vai acontecer comigo? Eu não sei. Pensei que eu já havia encontrado uma vez, então talvez não... mas eu espero que sim, porque esperança é o que nos mantém seguindo em frente e eu realmente acredito que o amor é o motivo de estarmos aqui! Sem outra razão. Apenas amor!
As pessoas gostam de categorizar e rotular tudo. Isso é menos perigoso; sente-se mais segurança. Especialmente na indústria que estou. Sinto que as pessoas ficam loucas se não souberem se há uma mulher ou um homem na minha cama. É por isso que eu recebo a "pergunta gay" desde que tenho 13 anos, quando comecei a dar entrevistas. Eu sempre pensei... por que isso importa? Eu sempre pensei que eu estava aqui para cantar e apresentar para as pessoas?
Eu nunca senti como se eu devesse alguma resposta para qualquer pessoa sobre isso e me diverte saber que fazem grande coisa disso. No meu mundo, não é preto no branco e eu penso que a verdadeira pergunta deveria ser: Por que estamos perguntando isso? Por que isso importa? Por que precisamos rotular tudo?
Ninguém sabe o que vai acontecer no próximo minuto, no próximo segundo. Quem sabe quem eu irei encontrar? Talvez eu esteja prestes a encontrar alguém que mude minha vida para sempre e, se isso acontecer, realmente importa o gênero que dessa pessoa? O que eu sei mesmo é que o amor é algo lindo e não podemos controlá-lo. Não temos poder sobre isso. Não sabemos de onde vem e nunca sabemos quando irá nos atingir e essa é a beleza do amor.
Então, acho que terei que esperar e ver... espero que eu encontre a mágica, o tipo que cure o que foi machucado e que me dê asas.
Meu único conselho é: ame quem você deseja amar e ame quem te ame de volta. A vida é muito curta.
Mas, de novo, que p**** eu sei?"

- Bill Kaulitz

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