segunda-feira, 8 de maio de 2017

Oito

Horário do almoço de uma sexta-feira, 08 de março, dia internacional das mulheres. Uma menina de 17 anos estava nervosa para dizer três palavras, era aquela hora ou nunca mais. Ela finalmente perguntou. Ouviu sim como resposta. A partir daí, muitos caminhos foram feitos e trilhados. Passou-se um ano e o primeiro desafio chegou. Duas pessoas caminhando juntas precisaram encontrar uma forma de encarar: poderiam parar por alí, voltar para onde vieram ou encontrar uma forma de ultrapassar. Elas pensaram e conseguiram arrumar um jeito de seguir em frente. Passando daquele ponto, descobriram muitas novas paisagens, cenários lindos, lugares que nunca tinham visto. Ficaram por lá dois anos, até que alguns desafios começaram a surgir. De pouco em pouco, as duas pessoas começaram a sentir cansaço e, mesmo que tenham resistido por um tempo, chegou o dia em que uma das duas não conseguia mais continuar. Ela, por mais que quisesse continuar, não conseguia mais aproveitar totalmente o ambiente. Chegaram grandes desafios simultâneos e ela não teve força para continuar. Não tinha como tentar seguir adiante se no lugar em que estavam, ela já não estava aproveitando ao máximo. Então resolveu parar, deixou que sua companhia seguisse em frente, mas ela precisava voltar. Voltar para entender se era nesses lugares que ela queria ficar, se ela sentiria muita falta de onde esteve esse tempo todo, ou se ela já tinha o desejo de descobrir novas áreas. Ao decidir isso, sentiu muita dor, pois ainda sentia amor por essas paisagens, mas os desafios estavam muito difíceis para ela e, principalmente, tendo o risco da sua companhia se machucar, ela preferia se afastar, até ter certeza de como se sentia naquele lugar. Então, ironicamente, no horário do almoço de uma segunda-feira, 08 de maio, ela parou a caminhada. No caminho da volta ela tentou se encontrar, mas ainda com dor e tristeza por saber que todo o encanto existente pelo lugar, que ela ficou por tantos anos, diminuiu. Entretanto, ela tinha a esperança de que tudo seria resgatado, ela conseguiria sentir na pele a saudade e a diferença por não estar onde sempre gostou de estar. A ela, bastava esperar e viver para conseguir as respostas, desejando que até lá a companhia desses anos consiga ficar bem.

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