domingo, 28 de fevereiro de 2021

Tudo e Todas as Coisas


Autora: Nicola Yoon
Páginas: 304 páginas
Editora: Novo Conceito

O que achei do livro:
Eu acho que criei muita expectativa em cima desde livro. A situação de uma menina que teve a vida inteira de quarentena me chamou a atenção - afinal, o mundo segue (ou deveria seguir) em quarentena há quase um ano. Então achei que ler um livro onde a protagonista vivia nessa mesma situação seria interessante. E até que foi, mas justamente por mostrar a vida de uma adolescente em quarentena, a história não me prendeu muito. Parecia que nada acontecia direito - e sei que é para ser dessa forma mesmo, afinal é alguém que nunca saiu de casa e não há tantas atividades a serem feitas. 

Achei legal o modo que a Maddie e o Olly se conhecem através das janelas, como vão se aproximando, o sentimento confuso de querer ficar perto mas ao mesmo tempo saber que é perigoso. 

Eu adorei a Maddie ter decidido sair de casa e viajar para onde queria, mesmo com todos os possíveis perigos de ficar doente, só para poder se sentir viva. A ideia de somente existir e sobreviver não traz felicidade - afinal, de que adianta viver por mais tempo e não haver memórias de momentos incríveis? Seria maravilhoso fazer uma viagem como a que ela fez - não exatamente para o Havaí, eu até iria para lá, mas estaria bem em qualquer lugar de praia com quem eu estivesse apaixonada, como se fosse uma viagem de poucos dias para fugir da realidade. Toda a pressa que ela sentia em ver tudo do mundo de fora, ter todas as experiências, acabou se conectando comigo de alguma forma. Se antes da pandemia eu já sentia a necessidade de "ver o mundo" e ficar próxima à natureza, quando as coisas voltarem ao normal após a vacina acho que esse sentimento será ainda maior.

A virada do livro realmente me surpreendeu, porque eu nunca imaginaria que uma mãe seria capaz de trancar a filha a vida inteira dentro de casa sem que houvesse uma doença real - ok que parece com a história da Rapunzel, mas nesse livro a mãe realmente amava a filha. Imaginar como seria se eu passasse a vida trancada e descobrisse que não era por conta de nada real me traz angústia, nem saberia o que eu faria nessa situação. Ok que a mãe não fez por maldade, mas precisava seriamente de terapia desde o trauma de perder o marido e o filho.

O final da história pareceu que não acabou direito, acho que poderia ter mais informações de como a Maddie seguirá a vida: onde ela vai morar? Como vai se sustentar? Perdoaria a mãe algum dia? Em quanto tempo? São coisas que eu gostaria que estivesse no livro, porque final aberto realmente não é pra mim. 

Então no geral, o livro é legalzinho, mas a história não me prendeu muito até um pouco mais da metade da história. Não gostei tanto quanto achei que a história faria, mas de uma forma geral é um livro ok.



domingo, 14 de fevereiro de 2021

Have courage and be kind

É maravilhoso poder olhar para trás e perceber que numa situação do passado que exigia uma decisão difícil, nossa escolha nos levou a experiências incríveis. Ter a coragem de nos aceitar como somos e seguir com o que o coração deseja é uma das melhores coisas que podemos fazer por nós mesmos. 

Aceitar ter uma vida em que fugimos do que queremos é bloquear que a felicidade chegue por completo. Seguir o coração pode não ser a tarefa mais fácil, mas com certeza é a que mais vale a pena.

"Nosso destino vive dentro de nós, você só tem que ser corajoso o suficiente para vê-lo." - Valente