terça-feira, 31 de dezembro de 2019

Retrospectiva 2019


Quando paro para pensar em como eu era dia 01 de janeiro deste ano, antes de passar pelos desafios de 2019, quase não consigo me lembrar. Os acontecimentos e as mudanças desses últimos 365 dias me deixaram mais próxima do "mundo adulto". A oportunidade de começar a construir minha vida profissional veio, tive as primeiras experiências e precisei de mais tempo do que imaginava para me adaptar a essa nova fase, eu mal podia esperar para chegar o momento de já ter acostumado a essa nova rotina, que eu sabia que era apenas o começo já que terei que continuar nesse mundo para o resto da vida. Demorou, mas finalmente consegui me acostumar, até mesmo sem perceber. Mas com isso não vieram apenas as obrigações, preocupações e responsabilidades, também pude vivenciar como é ser mais independente em vários sentidos, principalmente financeiramente. Precisei aprender a ter mais controle do que gasto e a escolher no que valeria a pena gastar. 

Além da área financeira, outra independência descoberta em 2019 foi que vi que consigo fazer o que eu quero sem precisar esperar que outras pessoas também queiram o mesmo. Se antes eu acabava deixando passar algo que eu queria fazer apenas por não ter companhia, já posso dizer que esse ano dei o primeiro passo para não depender tanto de outras pessoas. Agora parto do pensamento "Não é você que quer? Por que o outro não querer fazer isso vai ser desculpa para você não fazer? Se realmente quer, só depende de você". E foi assim. Em 2019 fui ao show do Sandy & Júnior sem companhia, em 2019 segui meu projeto de me dedicar a atividade física, sem companhia.

Acredito que o maior marco desse ano foi ter me descoberto no mundo das corridas - e isso foi uma consequência de eu ter persistido na minha buscar por emagrecer para ter um corpo que eu aceite melhor. Com a mudança de rotina, continuar na vida fitness foi difícil, dei uma regredida e em alguns dias a vontade era de desistir. Mas tirei forças sabe-se lá de onde, talvez do trauma dos anos difíceis da adolescência, e segui em frente. Testei várias formas de motivação e finalmente encontrei uma que funcionou, no início ainda foi difícil, mas a construção de novos hábitos é sempre difícil né? Com o tempo fui pegando o jeito, depois parei de enxergar como uma obrigação e depois passei a realmente gostar. Isso influenciou minha visão sobre ficar na esteira e correr. Comecei a corrida de rua em agosto e não tenho intenção de parar. Foi em 2019 que eu finalmente voltei a dançar! Não foi em aula de dança como eu queria e sinto falta, mas o que consigo fazer com video game já está ótimo e coloca meu corpo em movimento. É o que consigo encaixar na rotina e me divirto. 

Posso dizer que esse ano foi muito bom para meu corpo e isso com certeza influenciou na minha disposição para encarar a rotina pesada que começou em 2019. Minha missão para 2020 é conseguir controlar minha alimentação, já que minha busca por emagrecer parece sem fim, sempre com altos e baixos. Se emagrecer é a junção de praticar atividade física com uma alimentação saudável, o primeiro passo eu já consegui acostumar, o segundo será no ano que vem. Tem que ser. 

Minha saúde mental e paz interior seguiu firme, sem grandes impactos tirando a frustração da barriga não estar como eu gostaria. Sigo com o projeto de escrever algo de bom todos os dias, realmente acredito que isso faça a diferença, mesmo que implicitamente. Os estudos foram tranquilos esse ano, mesmo com o projeto de um trabalho puxado - o pesado será ano que vem. As áreas da minha vida que mais me deixaram atenta foram a financeira e a fitness: exatamente as áreas que eu quero melhorar em 2020. Espero conseguir. 

Com toda essa retrospectiva de 2019, a palavra que definiria esse ano seria "maturidade". Sinto que com essas conquistas me tornei mais próxima do que considero ser o "mundo adulto", como ganhar meu próprio dinheiro e não desistir do que sei que preciso fazer apenas por não ter companhia. Espero que em 2020 eu consiga evoluir na vida fitness, tanto em exercícios físicos quanto em alimentação, assim como na vida acadêmica e profissional. Estou curiosa para saber o que 2020 me aguarda.

Que 2020 seja feliz!

terça-feira, 12 de novembro de 2019

Tudo é o ponto de vista

Nosso jeito de encarar o mundo sempre pode mudar. Já tive um período da minha vida em que eu era bem negativa, "melhor pensar negativo e se surpreender se der certo do que achar que tudo vai ficar bem e se decepcionar". Provavelmente no meu inconsciente eu falava isso para tentar me convencer de que era bom pensar assim. Mas não é. Nunca foi. Pensar negativamente traz um peso tão maior para tudo na vida! Conscidentemente foi nesse mesmo período em que eu estive pior e mais triste, emocionalmente e fisicamente. Sei que pensar desse jeito interfere no emocional e vice versa. Com o passar dos anos, meu jeito de pensar mudou totalmente. Não sei exatamente como eu passei a mudar, mas hoje sou outra pessoa. Tudo é uma questão de ponto de vista, você pode focar no que deu errado ou no que poderia ter sido, ou você pode focar no que deu certo e foi o melhor para você. A vida ficou bem mais leve depois que consegui mudar o meu jeito de pensar.

Por eu ter vivido o outro lado, já ter sido pessimista, desanimada com a vida, etc, eu vejo pessoas assim e sinto vontade de ajudar, porque sei o quanto é pesado. E além disso tudo, também acredito que nós atraímos o que pensamos. Coincidentemente ou não, quando eu não acreditava que as coisas iriam melhorar, parecia que muita coisa dava errado para mim. Hoje, que tenho pensamento para cima, parece que as coisas sempre tem um jeito e melhoram. Claro que isso tem a ver com o foco que eu dou para o acontecimento. Por exemplo, muitas pessoas estão desesperadas para trabalhar. Alguém que tem um emprego e é pesado tem duas possibilidades: reclamar que o trabalho é ruim ou agradecer por ter um emprego. Acho que é questão de gratidão, agradecer pelo que tem, pelo que já deu certo e acreditar que as coisas vão melhorar. Claro que tudo tem sua intensidade, não dá para agradecer por um emprego se ele interfere na saúde, seja física ou mental. Mas sei que na maioria das situações, se focarmos no lado bom, tudo pode ser mais leve. Sigo com o pensamento de que cada um lida com as coisas de uma forma e se alguém está triste ou mal por algo que não considero que seja motivo para isso, nunca faria a comparação "você está assim por isso? Tem crianças morrendo de fome na África", porque a dor de uma pessoa não diminui ao saber a dor que o outro sente. Por isso eu sempre tento me colocar no lugar do outro e ajudar como posso. Claro que às vezes eu não tenho forças nem disposição para seguir sempre assim, até porque para conseguir ajudar alguém, essa pessoa precisa querer ajuda e estar disposta a mudar. E nem sempre é assim. 

Mesmo que nem todos os dias sejam fáceis para mim - o que, pelo meu jeito, desconfio que algumas pessoas achem isso  -, eu tento sempre enxergar o lado bom das coisas.

quinta-feira, 26 de setembro de 2019

Keep going, keep growing

É interessante como sempre estamos em transformação. Analisando como estou atualmente, de todas as áreas da minha vida, eu diria que estou em uma das minhas melhores fases. Estou em paz comigo mesma, sei o que eu quero, minha auto confiança vem aumentando a cada mês, estou recuperando o corpo que eu tinha conseguido em 2015 - aos poucos, mas sempre evoluindo -, o coração está bem, tudo parece fazer sentido.

Sempre que me pego pensando em como as coisas estão bem, não tem como não lembrar que em uma época eu não acreditava em mim, me achava horrível, não sentia mais felicidade nas coisas - com exceção dos shows -, e já não via mais saída para tudo que estava ruim. É como se fosse um Antes e Depois muito marcante. Minha versão de 2019 é totalmente o oposto de mim há oito, nove anos. 

A timidez, que sempre tomou conta de mim e me controlava em todas as situações, foi embora e deu lugar para vontade de viver diferentes experiências. Falar na frente da sala de aula? Não é mais problema. Participar de um evento e se oferecer para subir no palco? Não é mais impossível. Vergonha de mostrar quem eu sou para outras pessoas? Não existe mais. A essência continua a mesma, mas a forma de me comunicar com o mundo mudou. A forma como eu me vejo mudou. Isso me faz pensar em como realmente tudo sempre muda e tudo sempre passa.

Se antes eu não gostava de mim, agora já posso dizer que meu amor próprio chegou a um bom nível. Já estava na hora.

quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Correr sem olhar para trás


Engraçado como tudo muda com o tempo, em como nós mudamos conforme os anos vão passando. Já tive momentos e períodos da minha vida que eu não conseguia ver o lado bom de nada, que eu achava “melhor se surpreender do que se decepcionar”, que eu estava totalmente desacreditada no meu poder de mudar o meu próprio futuro. Os espelhos e as fotos de mim mesma eram bem difíceis de aceitar, mas eu já estava tão desanimada que já tinha “aceitado” que não poderia mudar isso. Agora, em 2019, poderia dizer que sou o oposto de mim mesma daquela época. Olhar para o espelho me motiva a mudar, eu olho e penso “dá pra perder mais”, eu olho fotos de meninas com um corpo que eu também quero e não fico mais desanimada como antes, agora é ”dá para chegar lá”. Tudo isso com certeza é consequência de todas as mudanças que passei nos últimos anos, com a melhora absurda da minha autoestima. Tudo começa na mente, nossas ações, pensamentos, tudo é influenciado pelo nosso modo de pensar. Eu senti isso na pele.

Eu que não achava que era capaz de conseguir mudar meu corpo, aos poucos vou conseguindo. A melhor parte disso tudo é que o foco agora não é exatamente perder o peso e ter o corpo com a tão sonhada barriga reta – claro que esse é meu objetivo, mas não é a única coisa que me move. Eu diria que atualmente o que mais me motiva a fazer atividades físicas é chegar no final de ver que consigo. É ficar na esteira por 1 hora e ver que consegui correr 9km. É fazer uma série pesada e ver que no final eu sobrevivi. É ver que apesar do cansaço, eu consigo dar conta da academia numa hora em que a maioria das pessoas ainda está descansando na cama. É ver que eu consigo ter o controle da minha vida e das minhas ações apesar do cenário da rotina ser puxada. No final, o que realmente me deixa feliz é ver que consigo superar desafios, sejam os que aparecem para mim ou os que eu mesma me desafio.

No domingo passado, eu fiz a primeira prova para valer para ver se eu aguentava correr na rua. Eu consegui. Foram 5km, considerado pouco para quem já corre na rua há tempos, mas isso para mim tem um significado enorme. É ver que eu mudei para melhor, que aquela menina que mal conseguia subir escadas uma época que já ficava sem fôlego, hoje já consegue correr cinco quilômetros na rua e não ficar acabada no final. Eu terminei tranquila – claro que suada, cansadinha, mas eu poderia continuar andando, não estava louca para descansar. Ter comprovado isso para mim mesma me deixou bastante feliz. 

Quero seguir nessa vida de atividades físicas, academia, corridas de rua. Meu corpo já sente a diferença – não só a aparência, mas a minha disposição, o modo como eu fico animada quando chego em casa depois da academia. É aquela dosagem a mais dos hormônios da felicidade. A meta de ser fitness esse ano nunca foi tão real. Em Janeiro, minha meta e desejo era não abandonar a vida fitness, pelo menos até junho. Já estamos em agosto e eu não só não abandonei, como estou entrando ainda mais nela. 

Eu não sei até quando isso vai durar, se isso vai ser meu estilo de vida durante anos – acho difícil, talvez daqui a alguns meses eu sinta que preciso parar para dar prioridade aos estudos, por exemplo, mas eu não quero que acabe. A vida de academia e atividades físicas é divertida, eu só precisava ter um outro ponto de vista. Da mesma forma que me inspiro em outras pessoas, quero ser uma inspiração para outras, mostrar que é possível sim conseguir o que quer, mas não com palavras, quero mostrar com exemplo. A intenção era trabalhar o corpo, mas acho que no final estou trabalhando mais a mente do que o corpo. Estou gostando muito dessa vida e eu não quero deixar tão cedo. 

quarta-feira, 14 de agosto de 2019

03.08.2019


"O universo inteiro conspira pra um desejo se realizar". Essa frase define todo o processo que envolveu esse show. Há anos eu queria ir ao show de Sandy & Júnior. Desde pequena. Para não dizer que nunca fui, quando eu tinha 5 ou 6 anos fui na turnê Era Uma Vez, que usei a faixa "Eu Acho Que Pirei". No dia seguinte fui para a creche com a faixa na cabeça de tão legal que achei o show e acabei ouvindo dos amiguinhos que estavam aprendendo a ler "ih, ela acha que pirou". Fiquei boba em como eles não entenderam o espírito da coisa, de que eu tinha gostado muito do show e que aquela faixa era do show.

Esse ano a notícia de que Sandy & Júnior voltaria a fazer turnê deixou todo mundo louco, fila de milhares e milhares de pessoas online, e foi muito difícil de conseguir um ingresso. Eu já tinha me conformado em não ir no show, depois de várias tentativas. Mas então, quando eu menos esperava, consegui comprar. Às 05:30 da manhã. Mas consegui. Demorou até para eu acreditar. Ninguém mais que eu conhecia conseguiu comprar, então eu ficaria na fila sozinha. Mas é melhor sozinha do que deixar de ir no show porque não tem companhia.


A espera sozinha na pista comum não foi tão ruim considerando que foram 2 horas esperando o show começar. Ainda estava boba de como eu estava numa distância boa do palco. Como todos os ingressos estavam esgotados, e para comprar sempre tinham filas absurdas, imaginei que teriam pessoas acampando desde cedo. Por isso, eu chegando praticamente na hora que os portões abriram achei que ficaria lá atrás, até com pouca visão do palco - como eu já tinha visto acontecer com outras pessoas no show do Evanescence em 2012  enquanto eu estava quase no teto no nível 3. Eu esperava o show começar segurando um brinde que me entregaram da Bauducco (um triângulo de E.V.A) e depois conseguiram pra mim uma plaquinha de sol para ser levantada durante As Quatro Estações: tinha neve, sol, flor e folha de árvore marrom.

O show estava previsto para começar 20:30. Quando deu 20:20 começou um vídeo sobre o Jeunesse Arena (para mim ainda continua sendo o HSBC Arena), e fiquei surpresa, pensei "nossa, no show de sexta atrasou vinte minutos mas hoje devem querer compensar começando na hora". DOCE ILUSÃO. Depois desse vídeo e todos os outros das empresas patrocinadoras, às 08:40 começou um vídeo da Sandy e do Júnior pequeninhos e depois apareceu uma contagem regressiva de 30 MINUTOS! Demorei para acreditar que isso era contagem pro show começar (eu e as pessoas a minha volta). A cada 10 minutos eles passavam um novo vídeo. Essa parte da espera foi mais chatinha, mas pelo menos estava faltando pouco pro show começar.

Quando finalmente a contagem regressiva terminou, as luzes apagaram e vários vídeos começaram a passar no telão. Há muito tempo eu não tinha esse feeling de início de show - mal lembro o último que fui. A Sandy começou a cantar "Não da pra não pensar em você..." e logicamente todos gritaram, eu gritei, os fãs contaram a continuação e o Júnior cantou "tá casa vez mais difícil não poder te ver", e aí gritei mais ainda, porque era real. Sandy & Júnior no palco, na minha frente, finalmente o meu momento tinha chegado, todas as madrugadas tentando comprar ingresso - ok, foram umas três ou quatro, mas dormi muito pouco nesses dias -, tudo tinha valido a pena porque eu estava lá. A música continuou e fui cantando, e parte de mim gostou de ver que todos que estavam lá também amavam Sandy & Júnior como eu - ou até mais. A média de idade era mais velha que eu, talvez eu tenha sido uma fã precoce de Sandy & Júnior, mas foi bom estar naquele grupo porque entre o grupo de pessoas que eu ando, sou sempre eu que gosto mais. Foi tão bom estar ali, finalmente num show do Sandy & Júnior, ter conseguido estar lá dentro, cantando músicas que conheço há anos e anos, que meus olhos não aguentaram e uma lágrima acabou caindo. E olha que "Não Dá pra Não Pensar" nem representa tanto para mim, imagina se fosse outra mais antiga.

A segunda música foi Nada Vai me Sufocar. Essa eu não conhecia até ano passado, ou 2017, porque é do CD de quando eu me afastei um pouco deles, mas vendo o show acústico da MTV - antes de qualquer rumor deles voltarem, passei a voltar a ouvir depois de ir ao show solo da Sandy -, eu conheci as músicas que não fizeram parte do meu crescimento/minha infância, como Nada Vai Me Sufocar, Inveja, Tudo Pra Você, mas que gostei. A questão é que me acostumei com a versão acústica e só recentemente passei a ouvir a versão original, que achei bem legal também! No show ela só não teve muito impacto por ser uma "música recente" para mim, mas foi nessa música que percebi o quanto o show estava produzido, quantos telões tinham, a qualidade do som, foi produção de show internacional! Mas Sandy & Júnior pode né.

Depois veio no Fundo do Coração, que é das antigas e uma das que é a cara de Sandy & Júnior pra mim, eu acho uma gracinha, mas essa música não me altera em nada, não traz grande nostalgia. O que  já foi diferente de quando chegou a música Olha o Que o Amor me Faz, porque essa eu ouvia muito, cantava demais, eu toda pequenininha já na sofrência, então cantei bastante. Em Nada é por um Acaso eu curti mesmo foi na parte depois do segundo refrão, "você vai descobrir o que é amor de verdade..", sempre gostei dessa parte e cantei com toda vontade. Depois chegou Love Never Fails, que já foi na época que comecei a ouvir menos S&J, mas ainda sim gostava dessa música. No show eu gostei de ver que eles continuaram com a dancinha, foi legal ouvir ao vivo, principalmente porque eu via muito essa música no DVD do Maracanã, então é como se tivesse chegado a minha vez de ver ao vivo – já que quando eu soube do show e pedi pra ir, ouvi dos meus pais que era muito caro, em dia de semana, etc. As Quatro Estações é uma das mais marcantes e foi legal porque na hora todos levantaram figuras que representavam as estações – foram distribuídos antes do show, tinha folha marrom do outono, flocos de neve como inverno, flor como primavera e sol como verão – e assim que começou a música peguei o solzinho que estava guardado na bolsa para poder participar, achei que ficou bem legal ver todos os fãs levantando. Depois dessa veio Aprender a Amar, que eu nunca gostei, então só cantei por cantar – mesmo que o Júnior tenha falado que significou muito para ele porque ele estava entrando na adolescência e muitos dos fãs também, mas né, eu ainda era beeem pequena, ainda tinha só um dígito de idade. Imortal foi bem legal, consegui perceber bastante em como o som do show estava maravilhoso, mas também não me alterei muito, a música é lentinha e não tenho uma conexão com ela. A música que veio depois dela foi a que eu menos conhecia – a única na verdade! -, que foi Libertar, então eu mal consegui cantar porque só ouvi pouquíssimas vezes. Mas depoooooooooois... chegou uma das que eu mais esperava ouvir: Eu Acho que Pirei! Essa eu ouvia demais, sempre gostei, até hoje adoooro, então quando começou eu fiquei muito feliz, até hoje lembro de partes da dancinha e há muito tempo eu não vejo o vídeo dessa música, porque agora minha vida é ouvir música de show no YouTube mas não ver o vídeo. Aí, como se eu já não estivesse feliz por terem tocado essa, começa Beijo é Bom! Outra que eu queria muito ouvir, mas não tinha muitas esperanças – um dia acabei vendo que eles tinham tocado em outro show num medley, mas como eles mudam algumas músicas da playlist de um show para o outro, corria o risco deles tirarem. Então quando começou eu cantei com toda vontade porque essa música é da época que eu ouvia demais real, todas as músicas do VHS/DVD da turnê Era Uma Vez – que eu sempre chamei de Eu Acho Que Pirei, porque o chão do palco tem a mesma espiral do vestido da Sandy quando ela canta essa música. Mas quando eu estava começando a realmente curtir a música começaram a cortar e quando eu já estava “ah nãaaao” começou a gaita de Etc e Tal, que eu também aaaaamo e até hoje é uma das que eu mais escuto – inclusive depois de muito tempo que analisei a letra dessa música achei o discurso muito engraçado – e eles dançaram direitinho. Quando acabou começou Vai Ter que Rebolar, que também fiquei animadíssima! Essa sequência de músicas foi maravilhosa, encheu meu coração de amor. Mas a que eu mais me surpreendi, porque eu não estava esperando mesmo naquele momento, foi Dig Dig Joy, que inclusive era o que estava escrito na blusa que eu estava usando no show. Pena que ela foi praticamente só um refrão, eu queria a música inteira. Na verdade, eu queria a música inteira de todas essas do medley porque era a maioria das que eu mais queria ouvir. Para encerrar o medley, eles cantaram Eu Quero Mais, eu achei bem desnecessária porque nunca curti muito.

Enrosca foi a que veio depois, achei super legal o Júnior interagindo a dança com o telão do palco, bem influência de Beyoncé, mas a música também sempre foi normal pra mim. O que gostei bastante é que o Júnior passou um tempo na bateria, tocou muito e eu achei super legal – deu para ver que ele ficou super suado. A Gente Dá Certo veio em seguida, e essa música me lembra muito de quando eu tinha duas coreografias para ela, eu amava de verdade dançar essa música. Para acalmar o coração, eles entraram na vibe acústica, que eu adoro porque já me acostumei demais com o acústico da MTV deles, mesmo que não tenham tocado as músicas por inteiro. A primeira foi Inveja, que eu acho um amorziiiinho e muito melhor nessa versão do que na original, depois Ilusão, Não Ter – que eu fiquei bem mexida porque já é uma das antigas -, A Estrela que Mais Brilhar – nem imaginava que cantariam essa -, e a última do acústico foi Com Você – que quando eu era pequena eu achava chata, mas depois de um tempo achei muito bonitinha e em acústico fica mais ainda.

Agora, uma as músicas que mais me pegou no coração – e eu nem imaginava que seria tão assim – foi Inesquecível. Quando eu era pequena não gostava dessa música, achava devagar e chata. Mas quando cresci um pouquinho passei a gostar mais e depois passou a ser uma das que eu mais achava boas de se ouvir. A questão dessa música no show, o que realmente me pegou, foi que nos telões começou a passar vários vídeos antigos dos dois, dos shows que eles fizeram e aí passou o vídeo da turnê Era Uma Vez, sincronizaram com a música que eles estavam cantando em 2019 e então parecia que eu estava ouvindo a Sandy lá de anos atrás cantando na minha frente. Quando mostrou a Sandy com aquele vestido branco e cabelo preso, o Júnior com aquele casaco amarelo e guitarra vermelha, eu olhei para o palco, vi como eles cresceram, e eu também, e que depois de tanto tempo eu finalmente consegui a chance de estar num show do Sandy & Júnior - que eu consiga lembrar depois, porque o que eu fui quando tinha 5 ou 6 anos eu só lembro que não queria ficar sentada -, e todos os fãs cantando junto, o mais alto que dava, foi demais para o meu coração e meus olhinhos precisaram transbordar. Eu nunca imaginaria que essa música me deixaria emocionada, mas foi o que aconteceu. Para conseguir respirar melhor e me recompor, veio Super-herói, que já gostei muito também, sempre colocava na época do DVD do Maracanã.

A música que eu pensei que mais me deixaria louca nem foi nada demais: a Lenda. Adorei ouvir, foi legal ter a sensação de poder cantar com eles, mas acho que já cantei tanto essa música em festas, baladas, karaokês, qualquer lugar que tenha ou possa ter essa música, que eu voltei a me acostumar a ouvir e agora não é lá essas coisas – no show as antigas mexeram muito mais comigo. Cai a Chuva veio depois, como a falsa última, e eu adoro essa música no DVD do Maracanã, então aproveitei mesmo, os papeizinhos que saíram do palco deixaram tudo muito bonito, peguei um de recordação, e eu estava tão envolvida na música que eu realmente achei que era a última, nem me liguei que estavam faltando músicas óbvias que tocariam.

Enquanto eles não voltavam, todos os fãs começaram a cantar Turuturu, acendendo a luz do celular, ficou tudo bem bonito. Quando eles voltaram, começaram a cantar essa, achei legal, mas nunca fui grande fã dessa música, sempre achei muito superestimada. Para me animar, veio Desperdiçou, que eu adoreeei quando foi lançada e adoro cantar até hoje. Quando ela terminou, eu já sabia que era vibe de fim de show real, e então para ser a última música do show de verdade veio Vamo Pulá! Fiquei toda ansiosa, eu nem lembrava que não tinham cantado ainda. Só sei que foi chegando no refrão, cantei a contagem regressiva com toda vontade e comecei a pular loucamente. Não teve como não lembrar de todas as festas de aniversário que eu ia quando era pequena, quando essa música foi lançada, e sempre tocava e eu sempre pulava a música inteira. Claro que nesse show eu não consegui pular a música inteira, mas pulei em todos os refrões, mesmo segurando celular, bolsa e até mesmo a faixa da cabeça, que eu pulava tanto que a faixa estava pulando quase caindo junto! No final dela, quando estavam agradecendo no palco, e só pensei “eu consegui vir para esse show, eu estou vendo os dois na minha frente, tudo deu certo”. O show acabou e fiquei com a sensação de sonho realizado, eu gostei muuuito do show! Não me decepcionaram em nada – talvez se pudessem, eu deixaria as músicas do medley inteiras, mas isso não chegou nem perto de me decepcionar porque eu tive a oportunidade de ouvir pelo menos as principais partes das músicas.

Esse foi o sonho da minha infância realizado. Comprei blusa (outro dia, antes do show, no Sandy & Junior Experiece, mas para usar no show), a faixa para depois fazer um comparativo com a faixa do Eu Acho que Pirei de quando eu era pequenininha, e estar sozinha no show não foi problema. Eu adorei ter tido a chance de ir nesse show, de conseguir comprar o ingresso depois de várias tentativas de madrugada ficando horas na fila online. Tudo valeu super a pena e eu amei demais ter ido nesse show.

OBS: Demorei tanto para terminar de escrever sobre esse show que nesse meio tempo já saiu a confirmação de que farão um DVD da turnê, no Rio de Janeiro, Parque Olímpico, em novembro. Quem já vai tentar comprar de madrugada de novo?!


Setlist do show


1. Não Dá Pra Não Pensar
2. Nada Vai Me Sufocar
3. No Fundo do Coração
4. Estranho Jeito de Amar
5. Olha o Que o Amor me Faz
6. Nada é por Acaso
7. Love Never Fails
8. As Quatro Estações
9. Aprender a Amar
10. Imortal
11. Libertar
12. Eu Acho que Pirei
13. Beijo é bom / Etc... e tal / Vai ter que Rebolar / Dig-Dig-Joy / Eu Quero Mais
14. Enrosca
15. A Gente Dá Certo
16. Você pra Sempre (Inveja) - acústico
17. Ilusão - acústico
18. Não ter - acústico
19. A Estrela que Mais Brilhar - acústico
20. Com Você - acústico
21. Inesquecível
22. Super-herói (Não é fácil)
23. A Lenda
24. Cai a chuva

Encore:
25. Quando Você Passa (Turu turu)
26. Desperdiçou
27. Vamo Pulá!

quarta-feira, 12 de junho de 2019

Could I Love You Any More


Full moon, bedroom, stars and your eyes
Last night, first time that I realised
The glow between us
Felt so right

The side on the edge of the bed and you said
I never knew that I could feel this way
Love today can be so difficult
But all we have I know is different
Cus when I'm with you the world stops turning

Could I love you any more?

Sunrise, time flies, feels like a tree
Being close in healing heart to believe
Seven billion people in the world
Finding you is like a miracle
Only this wonder remains

Could I love you any more?

Softly, slowly
Love unfolding
Could this love be true?

The question's rhetorical
Oh, this feels phenomenal
Love is all there is
It's inexhaustible
Oh, love's unstoppable
Love is all there is


(Could I Love You Any More - Reneé Dominique feat. Jason Mraz)

quinta-feira, 30 de maio de 2019

A busca continua

A partir de quando que a vontade que nós sentimos surgiu de nós mesmos ou foi gerada por causa da sociedade em que vivemos? Acho que uma coisa não consegue se separar da outra, ambos se influenciam. Eu com certeza fui influenciada em relação ao corpo - na verdade todos são né. Mesmo que ser magro ajude consideravelmente alguém a ser saudável, não necessariamente alguém acima do peso está mal com a saúde. Mas essa relação da mente com o corpo sempre foi complicada, principalmente com as mulheres. Como isso afeta a auto estima é algo surreal. Na rua é sempre complicado encontrar opções de comidas saudáveis, tanto de oferta quanto de preço, porque né, os lanches saudáveis são sempre mais caros. Claro que atividade física também é determinante para conseguir perder peso - e eu finalmente (nos últimos anos) aprendi a olhar com outros olhos para a academia. Ela não só ajuda a emagrecer, mas também faz com que eu sinta a diferença: me sinto muito mais disposta, tenho consciência corporal e, quando eu não vou, parece que meu corpo não acordou. O ruim é que se nos afastamos um pouco, não sentimos que estamos caindo no sedentarismo de novo e o corpo "volta a adormecer". Posso dizer que já alcancei diferentes estágios nessa luta e antiga busca por um corpo que eu considere bonito, que eu consiga olhar no espelho e dizer "finalmente o que eu queria". Já estive no fundo do poço, achando que não teria mais saída pro resto da minha vida. Também já estive bem perto do que eu sonho. Mas não consegui continuar e agora regredi muito. Ainda sigo na luta, não desisti.
A questão aqui não é ser magra porque os outros esperam por isso, até porque agora já estamos vivendo um momento de "body positive", os gordinhos já estão postando foto de biquíni e mostram que tudo bem fazer isso - aliás admiro muito a coragem de fazerem isso. A minha luta é comigo mesma. Não desisto porque não quero voltar a reviver a época em que, com certeza foi a pior da minha vida, o simples fato de lojas não oferecerem roupas que coubessem em mim conseguia tirar minha paz por muitos dias. Não desisto porque preciso provar para mim mesma que eu consigo fazer o que eu quero, então se eu decidi que vou conseguir chegar ao corpo ideal para mim, eu tenho que conseguir. Eu já quase consegui uma vez, por que não conseguiria de novo?! Mas claro que eu também não consigo ser tão focada o tempo todo, tenho minhas recaídas e, dependendo do tamanho da recaída, a bad vem, porque me sinto uma viciada em comida quando racionalmente sei que deveria parar, mas minha vontade não deixa.
O que me deixa pensativa é que olho outras meninas magras e fico "quando será a minha vez". Talvez elas não se enxerguem magras, do mesmo jeito que eu ainda não enxergava isso quando estava bem próxima de conseguir o corpo que eu queria. Então eu sigo nessa busca longa e difícil de um corpo em que eu me sinta 100% satisfeita, bem e feliz.  Sei que isso é bem difícil, mas eu sigo na luta. Um dia eu consigo, ou chego quase lá. Minha vez vai chegar. Espero que ela chegue. 

sábado, 27 de abril de 2019

9 anos

Eu não sei exatamente o que escrever aqui, mas não tenho como deixar uma data dessas passar em branco. Estamos falando da data em que este lugarzinho querido foi criado. Há 9 anos! Quem diria, hein? Ao longo dos anos o Atreva-se mudou de função. No início era apenas para "ter um lugar para escrever", motivada por um filme que assisti na adolescência. Conforme o tempo passava, se tornou um lugar onde eu treinava minha escrita, com alguma ideia de fazer este cantinho ser conhecido por muitos - esse já era o espírito de jornalista chegando. Quem diria que depois o que eu mais queria era que menos pessoas soubessem deste meu lugar aqui.

Pouco tempo foi preciso para que o Atreva-se passasse a ser como um amigo: primeiro com ataques sobre informações de novos shows, principalmente com a notícia do Tokio Hotel no Brasil pela primeira vez; depois passou a ser como alguém que pudesse me reconfortar nas horas difíceis. Era aqui que eu recorria quando não me sentia bem, quando algo dava errado ou me sentia incapaz de fazer as coisas. Se eu não tivesse criado o blog em 2010, eu não sei como teria dado conta das épocas pesadas, principalmente o ano de 2011 - curiosamente o ano em que bati o recorde de postagens e acho muito difícil que um dia eu consiga superar, afinal 153 postagens. Sei que o quanto escrevi sobre shows também subiram a quantidade de postagens, mas mesmo assim, escrevia muito aqui.

Diria que a terceira fase do meu relacionamento com o Atreva-se é a atual, em que ele foi "transformado" em um diário. Sempre venho aqui em datas marcantes ou quando acontece algo importante e eu acho que um dia irei relembrar aquilo. O uso das metáforas, que eu sempre gostei, sempre fizeram parte das minhas histórias por aqui e sigo com elas até hoje. Ano que vem já serão 10 anos e isso é realmente muito tempo, imagino a comparação da minha vida de quando eu criei para como estará minha vida ano que vem. Eu posso até não escrever mais tanto frequentemente aqui, mas ainda sigo com o Atreva-se a Ser Feliz no meu coração. Parabéns pelos nove aninhos 

quarta-feira, 3 de abril de 2019

Capítulo 6

Decisões, emoção, responsabilidade, intensidade, loucura. Esses são alguns adjetivos que descrevem os capítulos anteriores, cada um composto por 12 meses. É de se esperar que haja muita história! Neste capítulo 6, após o da loucura, finalmente houve a parte da calmaria. O corpo e a alma da protagonista estavam precisando de um período assim. Claro que houve clímax em alguns momentos, mas no geral, esse capítulo foi bem feliz. Alguns desafios surgiram, profissionais principalmente, mas tudo deu certo no final. Consigo perceber que a protagonista dessa história amadureceu mais do que no capítulo 5 - onde eu já achava havia mudado muito. Acho que a tendência é sempre essa, continuar evoluindo. O único objetivo da protagonista que continua sendo o mesmo é a busca por um corpo em que esteja satisfeita. Espero que no próximo capítulo esse objetivo tenha sido alcançado, ou que pelo menos esteja bem próximo de ser atingido. Este capítulo 6 será lembrado com carinho, sem estresse. Que venha o capítulo 7!

terça-feira, 19 de março de 2019

Cinderela por um dia


Foi como um conto de fadas. Ela esperava pelo dia em que poderia entrar num castelo, na área das paisagens mais lindas do reino, mas era apenas a gata borralheira do mundo moderno e aquele lugar ficava em sua mente apenas como um sonho. Quem sabe um dia ela poderia visitar ou até mesmo morar por lá? Este era um dos sonhos dela: morar na área nobre do reino, não por status mas por ter por perto tudo o que ela mais amava. 

Em um dia, ela recebeu um convite para visitar a área nobre. Por alguns instantes ela hesitou, afinal aquele lugar não costumava receber pessoas de onde ela vem. Mas movida pelo desejo de ter um pouco da experiência daquilo que sonhava, decidiu aceitar o convite. Aquela decisão foi a melhor que ela poderia ter tido. Chegou sem muitas expectativas, já estava feliz só por estar na área nobre do reino, e os guardas do castelo a direcionaram para a sala que ela ficaria durante aquele dia.

Ela não tinha palavras para descrever o que estava vendo, não conseguia acreditar que estava realmente naquela sala, na área nobre do reino! A gata borralheira havia se tornado a Cinderela. Era como um sonho. Tudo estava incrível: o fato de poder estar lá, os convidados, as atividades para os visitantes. Ela aproveitou cada hora daquele dia que ficaria marcado para sempre em seu coração. Mas assim como o conto da Cinderela, à meia noite o sino bateu e ela precisava ir embora. “Adeus”, ela dizia para aquele lugar onde viveu um sonho e agradecia a todas as estrelas que a ouviram pedir uma chance de poder morar naquela área do reino.

Ao chegar em casa, ela ainda estava encantada com tudo que experienciou. Tudo o que restou daquele sonho era o sapatinho. Ela olhava para ele sorrindo, lembrando daquele sábado que não parecia ter sido real.  A volta para a realidade foi contrastante, ela voltou ao papel de gata borralheira e mal podia acreditar no que havia vivido no dia anterior. Ela sentiu saudade de como era se sentir princesa, mesmo que por um dia, mas também agradeceu por ter tido a oportunidade de vivenciar algo tão incrível. 

Tendo sido Cinderela por um dia, ela seguiria a vida aguardando pela Fada Madrinha, que num bibbidi-bobbidi-boo daria chance a ela de morar na área nobre do reino. De tudo, ela tinha uma certeza: aquela visita ao castelo foi um sonho que se realizou.

sexta-feira, 8 de março de 2019

Universo e seus encontros


Um encontro de duas pessoas entre as inúmeras possibilidades que o universo oferece. Entre continentes, países, estados, cidades, bairros, aquelas duas pessoas se encontraram. Duas pessoas certas, no lugar certo - a hora nem tão certa assim. Precisou haver mais tempo para que se conhecessem, mas o primeiro contato foi o bastante para que houve uma conexão diferente.

Essas pessoas continuavam a se encontrar, havia a vontade de se aproximarem, mas o momento nunca chegava. Quando chegou a hora certa, como uma ajuda do universo, tudo fluiu para que as duas se aproximassem. Naquele momento, a conexão se mostrou muito diferente de todas as outras que já haviam feito. Era a primeira vez que tinham contato, de realmente conhecer o jeito, os sonhos, as características da outra pessoa.

A partir daquele momento, a vida daquelas duas pessoas tomava um rumo que não poderiam imaginar. As duas pessoas enfrentaram inseguranças, medos e incertezas. Elas vivenciaram grandes emoções, aventuras, felicidade. Muitas risadas. Muitos desafios. A história que construíam ficava cada vez mais marcada na mente e no coração das duas. Qualquer que fosse a situação, se houvesse a companhia da outra pessoa, nada seria tão pesado, sempre poderiam se sentir um pouco melhor.

Esse tipo de encontro de pessoas é raro. Muitas se encontram, trocam experiências por um tempo e vão embora. Outras, mantêm o contato mas a atenção não é a mesma. A conexão entre aquelas duas pessoas era diferente de tudo que já tinham visto. Ao universo aquelas duas pessoas só tinham a agradecer por poder viver uma experiência tão maravilhosa quanto aquela. 

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

A melhor decisão

Quem diria que a decisão de ir atrás de uma cereja traria uma série de acontecimentos que mudariam a história de uma menina. 

A decisão, a coragem, e até mesmo a impulsividade, a levaram a um futuro que ela nem imaginava. "Obrigada" é o que ela pensava ao lembrar de todo o caminho que surgiu a partir daquela decisão. Ao longo da vida precisou tomar diversas decisões e, entre as inúmeras possibilidades, ela sabia que pegar aquele pote de vidro que guardava a cereja avermelhada, maior que todas as outras que já tinha visto, havia sido a melhor decisão que poderia ter tido.

"Ainda bem voltei àquela casa. Ainda bem que continuei com aquela história", ela pensava. O proibido já não permanecia tanto em segredo, e ela não se importava. Ela continuava a andar com as mesmas pessoas, mas sabia que pertencia àquela casa, a mesma que encarou por um bom tempo parada na rua, e não enxergava mais a situação como um problema. Os anos que passaram transformaram a maneira que ela enxergava o mundo.

Por um tempo ela até experimentou outras frutas, mas essas já não tinham o mesmo gosto que lembrava ou imaginava. Depois de provar aquela cereja tão rara, nenhuma outra fruta conseguia chegar aos pés daquela textura e sabor.

Ao parar para analisar todo o percurso que fez com aquela decisão de encarar o desconhecido, ela só tinha a agradecer por ter tido a coragem de ir atrás da cereja proibida. Para ela, não havia sensação melhor do que saber que fez a escolha certa.

quinta-feira, 31 de janeiro de 2019

Os primeiros passos do ano


Comecei 2019 já sabendo que seria um ano de mudanças. Ao pensar na grande novidade do ano, a sensação era de ansiedade e nervosismo. Aquela sensação que sempre sentimos quando estamos saindo da zona de conforto. Me peguei pensando "nossa, eu estava tão confortável no meu quentinho do conforto", e parte de mim quis voltar ao conforto e ao já conhecido. Mas minha outra metade sabe que é assim que consigo evoluir cada vez mais. Encarar o desconhecido gera ansiedade e eu já tinha desacostumado a sentir isso. Essa nova fase, que eu já sabia que desde o ano passado que começaria em 2019, mudou totalmente minha rotina e ainda estou tentando me acostumar com ela. Na verdade, rotina eu ainda não tenho, sigo na tentativa de ajustar minhas atividades ao redor desse desafio maior.

Parando para analisar meu cenário eu tenho muita sorte de ter conseguido tudo o que já vivenciei. Eu consigo perceber que todas as fases que passo são como pequenos avanços, em doses graduais. De passo em passo eu vou conquistando mais espaço e mais confiança. Acho que finalmente cheguei no nível mais difícil, tanto de conseguir chegar quanto de desafios mesmo. Obviamente não é perfeito e não me vejo nisso nem por cinco anos. Mas nunca se sabe do futuro, né. Tenho muito a aprender e só devo agradecer por ter uma oportunidade como essa - por mais que não seja uma maravilha e eu fique um pouco sem saber o que fazer.

A cada ano que passo enfrento uma "zona de ansiedade" diferente. O nervosinho é sempre o mesmo (talvez a intensidade mude um pouco), mas eu sempre penso "agora vai ser mais pesado". O último que passei foi pesadíssimo, fiquei super pilhada, mas depois entrei na vibe e não desliguei mais. Passei um tempo longe e voltei a ficar confortável - nossa, como é gostosinho. Mas também não gosto da ideia de ficar estagnada. Eu quero sempre mais, aprender mais, evoluir mais, avançar de verdade. E não vai ser confortável no meu cantinho que irei conseguir isso. 

Dessa vez eu já sinto que vai me puxar, vou ter que aprender a me adaptar a muitas coisas, conseguir aprender a lidar com pessoas que agem de uma forma que eu não acho legal, aprender a dar conta de tudo além dos estudos. Será que vou conseguir? 

Janeiro sempre traz esse feeling de "o que será que está me aguardando nos próximos meses?". Ao longo do ano a gente vai perdendo essa expectativa pelos acontecimentos do ano, mas quando chega no meio do ano sempre paro para refletir também. Essa é a minha primeira postagem de 2019 e estou cheia de incertezas sobre o que fazer com a minha vida acadêmica e de atividade física. Espero dar conta. Será que vou conseguir? No final, essa é uma pergunta que sempre me faço. Será que consigo. Bem, eu espero que sim. Agora o ano começa realmente e espero estar pronta para ele.