quinta-feira, 31 de dezembro de 2020

Retrospectiva 2020

Ah, 2020. Um ano histórico e com certeza ninguém terá saudade desses tempos. Foi o ano da pandemia mundial que obrigou todos a ficarem em quarentena e a abandonarem tudo que consideravam normal, para dar lugar ao “novo normal”, onde é impossível sair para a rua sem máscara ou álcool em gel. Ninguém aguenta mais essa situação e o que todo mundo mais é que a vacina saia logo.

Se em 2019 eu tinha definido que minha missão para 2020 era conseguir controlar minha alimentação, eu falhei bastante - e não digo isso com a culpa que eu sentiria se estivéssemos num mundo em condições normais, porque sei que do nada encarar a realidade de ficar trancada em casa sem poder sair, sem ver as pessoas, sem academia, é realmente complicadíssimo e cada um tenta lidar da forma que consegue. Não que eu ache saudável comer mais do que deveria, mas estando em casa todo o tempo, com lanches e comidas disponíveis, é mais fácil comer a mais do que estando na rua, longe de algum lugar que venda alimentos e ainda ter que gastar dinheiro na hora. Isso não quer dizer que eu esteja bem com a mudança do meu corpo, pelo contrário. Essa relação regrediu bastante.

No início do ano parecia que eu estava finalmente caminhando para hábitos alimentares direitinhos, já estava vendo resultados de uma maneira rápida e, de repente, PÁ! Em março, a pandemia que era “apenas” na China e na Europa chegou ao Brasil e tudo foi cancelado: academias fechadas, eventos adiados, festas proibidas, comércio fechado, ruas vazias, e por aí vai. Todos se viram trancados em casa, sem ter direito o que fazer, com o medo de um inimigo invisível. Água e sabão, junto de álcool em gel e máscara, viraram os melhores amigos.

Sem academia, me vi um pouco perdida para seguir com as atividades, sem poder sair para a rua. A solução foi ficar correndo em círculos no play, subir e descer 14 andares na escada e fazer exercícios de aplicativos – o que deixa a motivação com altos e baixos, mas com o tempo, principalmente baixos. Quando eu já não aguentava mais olhar para as paredes, não ver ninguém fazendo atividade física perto de mim - como acontecia na academia -, decidi que a solução seria ir para a rua e usar máscara enquanto corria, mas depois de tantos meses sem tanta movimentação, o corpo já não era mais o mesmo e tive que voltar para a etapa caminhada - o que parte meu coração, porque eu realmente gosto de correr.

Mas mesmo assim, com toda essa mudança e incerteza, pude perceber que minha inteligência emocional não é das piores, acho até que é bem boa. Quando tudo mudou e estava super incerto, minha reação foi praticamente “ok, então o cenário agora é esse, como vou me adaptar?” enquanto muitas pessoas estavam “que terrível, que vírus é esse, não quero morrer, o que eu faço, quando isso vai acabar?”. E não é como se eu não concordasse com essas pessoas, eu tinha consciência de toda essa parte ruim, eu só não achava prático pensar nessas coisas se no final só nos deixam mais desesperados e não mudam em nada no dia a dia. 

Foquei em avaliar o que eu poderia fazer para deixar a minha rotina o mais próximo possível da vida pré-pandemia. Acho que algo que me “ajudou” a não surtar tanto com essa doença que mata centenas de pessoas por dia foi ter tido a experiência de perder uma melhor amiga aos 14 anos. Nessa época sim, o baque foi muito grande porque foi por água abaixo a visão que eu tinha de que apenas as pessoas mais velhas morrem. Então desde essa época minha visão sobre morte mudou, criei consciência de que pode acontecer a qualquer dia e a qualquer hora - não de uma forma paranoica, apenas consciente. A cada despedida de saída com amigos, a cada embarque no avião, a cada viagem de estrada, enquanto digo “tchau” eu tenho uma voz que interna que diz “essa pode ser a última vez que você encontra essa pessoa”, e sempre termina com “tomara que não”. 

Ter essa consciência de certa forma me ajuda a viver. Não contar em ter um amanhã garantido faz com que eu queria fazer tudo no presente, sem deixar atividades que podem ser feitas no hoje ficarem para depois. É ouvir “você age como se o mundo fosse acabar amanhã”, mas sabendo que também estou preparada para o futuro com meus planejamentos. Vi o filme da Pixar que estreou no Natal, “Soul”, e é interessante como faz o público pensar em como seria se morressem de uma hora para outra, qual o projeto ficariam mais desesperados para terminar. Pensei no meu e é bom saber que tudo que posso fazer, já estou fazendo.

Mas voltando para à retrospectiva. Uma das poucas coisas boas dessa quarentena é que mudei minha relação com o dinheiro: consegui economizar absurdos e agora qualquer gasto já me deixa com pena e avalio várias vezes se realmente preciso disso. Por um lado é bom, porque significa que estou um pouco menos distante de conseguir fazer minha tão sonhada viagem para Disney, além de outros planos que também dependem de uma reserva financeira. O contato com a família aumentou bastante, então não tem como negar que nesse aspecto foi bom. A área profissional também avançou: me adaptei ao home office, fiz três cursos a distância, terminei mais uma graduação, consegui uma renda extra e ganhei ainda mais confiança no que eu faço. Nessa área, realmente tiveram coisas boas – embora nesse home office também haja bastante exploração de carga horária.

Um hábito que consegui recuperar nesse último semestre foi voltar a ler! A minha meta para esse ano era ler dois livros a partir do julho, mas até outubro eu ainda não tinha conseguido ler nenhum. Tive minhas dúvidas se eu conseguiria ler nesse pouco tempo, mas num é que eu consegui chegar a seis livros?! Fiquei chocada ao perceber essa quantidade e muito disso se deve a ter ganhado um kindle, que facilita muto a leitura – mas ainda não substitui o livro físico. Animada com essa quantidade, pretendo ler seis livros ano que vem, se eu conseguir mais, melhor ainda! 

Esse ano não terá virada de ano em Copacabana, será cada um em sua casa - totalmente o oposto da virada de 2019/2020 em que praticamente virei o dia em Copacabana e Ipanema, andando pelas ruas na madrugada vendo todos festejarem, sentindo a brisa do mar e aproveitando cada segundo que eu podia - vi o nascer do sol e o pôr do sol no primeiro dia do ano. Queria fazer o mesmo para esse ano, mas coronavírus não deixa. 

Espero que na retrospectiva de 2021 eu possa comemorar que a vacina chegou, que já consegui tomar e que a vida de poder voltar a sair na rua já tenha voltado. De uma forma geral, só de estar viva e todos que eu conheço também, já é lucro. 

Que a saúde esteja muito presente em 2021 - e com vacina!

quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

Meu Presente Perfeito

 


Autora: Fernanda Piazon
Páginas: 158 páginas

O que achei do livro

Essa semana estava a procura de um livro com a temática de Natal, para entrar no clima, e encontrei esse livro/conto. Logo no início já gostei da história, me prendeu, e a mudança de narração dos personagens entre os capítulos é algo que sempre acho interessante.

No meio do livro, o tema natal deixou de ser o principal para dar espaço à paixão intensa de um casal que se conhece e precisa estar junto a cada segundo. O livro mostra bastante toda a intensidade e pegação que os personagens sentem que precisam. 

Como eu estava procurando por uma história de Natal, esse livro não me atendeu totalmente. Não era um tipo de romance assim que eu estava procurando, mas de qualquer forma achei a história legal. 

Todo o charme do Henrique, as conversas entre ele e Nath com cantadas, provocações, arrepios, frios na barriga e jogo de conquista me divertiram, deixando uma sensação de querer viver algo do tipo também. Seria legal se tivesse uma continuação para saber como seria o início de namoro.



sábado, 19 de dezembro de 2020

Leah Fora de Sintonia

Autora: Becky AlbertalliP

Páginas: 320 páginas

Editora: Intrinseca

O que achei do livro

Uma escolha errada e estraguei grande parte da experiência desse livro! Quando terminei "Com Amor, Simon", vi que tinham dois livros de continuação, fiquei na dúvida sobre a ordem e como um deles começava "Com amor" e o outro tinha o nome específico da Leah, achei que o dela era o último. Só que eu esqueci que poderia ter visto o ano de lançamento!!! Isso teria feito toda a diferença. 

Então foi isso, eu praticamente li o terceiro livro antes do segundo, o que obviamente me deu vários spoilers - e por isso que tive a sensação de que muita coisa tinha acontecido sem explicação -, principalmente o grande spoiler do casal Leah e Abby.

Mas vamos para o que achei da história. Leah é uma adolescente que tenta se mostrar durona, mas isso apenas é uma forma de tentar se proteger por ser tão insegura. Eu identifiquei muito da minha versão adolescente com ela, em várias situações: duvidar de si mesma em quase todos os momentos, a hora de provar roupas em lojas e torcer para a roupa fechar por ser gordinha, conseguir se achar bonita pela primeira vez e achar estranho que isso tenha acontecido e, finalmente, ter como se fosse uma virada de chave para ter coragem de tomar atitude.

Foi interessante ver o desenvolvimento da Abby que se reconhecia como hétero e depois passar pelo momento de incertezas, tentando entender o que estava acontecendo com ela, se achar meio bi e ter aceitação. A forma como esse livro trata esse assunto foi bem natural, da mesma forma que foi feito em "Com Amor, Simon".

Mesmo que no início a leitura não estivesse me prendendo tanto - afinal, Leah nem tinha percebido que estava apaixonada pela Abby, sendo que eu já sabia que as duas namorariam no futuro -, a partir do meio pro final eu nem senti a leitura passar. Todo o rolo de gostar da ex de amigo próximo, saber lidar com alguém apaixonado e não ser recíproco, ter que encarar um futuro que será diferente da rotina, tudo isso é bem interessante. Acho que se eu tivesse lido esse livro na adolescência eu teria amado, tanto pelos problemas da Leah quanto pelo grupo todo tendo que lidar com esses pequenos probleminhas e o futuro incerto de faculdade.

Eu gostei da leitura, só queria não ter estragado a minha surpresa com o final da história.



domingo, 6 de dezembro de 2020

O Conto da Aia

Terminei essa leitura há exatamente uma semana, no domingo passado, mas só hoje consegui vir aqui.

Esse não é o tipo de leitura que eu faria por escolha própria. Nem a sinopse, nem a capa, nem o gênero, nada disso me faria pensar em ler este livro. Mas por participar de um grupo que sugeriu a leitura, entrei na ideia de "por que não?", para dar chance a outros tipos de leitura. Eu não esperava muito da história, mas ainda sim me decepcionei no final. Talvez decepcionada seja muito forte, está mais para frustrada, porque além de todos os indicativos de que não era o tipo de leitura que eu gosto, a escolha de um final aberto completou como a cereja do bolo de itens que eu não quero nas minhas leituras.

É claro que o livro aborda temas super relevantes, reflexivos, etc, mas realmente distopia não é para mim. Eu quero leituras leves, que são clichês mesmo, histórias que deixem o coração quentinho. O mundo já é muito difícil e complicado, não preciso ficar me lembrando disso até nas leituras que são onde podemos "viajar" para qualquer lugar. Entre um romance que você já imagina o final e uma distopia com final aberto, não preciso nem de um segundo para saber a resposta.

O início de O Conto da Aia é tão detalhado e descritivo que foi muito cansativo seguir a leitura - e só segui por conta da discussão que o grupo faria.

A partir de mais ou menos a metade que fui ficando mais curiosa com a história, mas note que é "curiosa", não "curtindo a história". Eu só queria saber o que iria acontecer em seguida, tentando identificar algo mais objetivo, esperando por um momento mais rebelde, algo assim. Mas nada aconteceu e fiquei com a sensação de que tudo era muito paradão, o que até é a proposta do livro, mas como eu falei, esse não é o tipo de leitura que gosto.

Não foi totalmente ruim ter lido. É bom eu saber do que se trata, ter refletido sobre as situações que ele aborda, maaas distopia não tão cedo. Mesmo! 



segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Dez anos do melhor dia da minha vida

É impressionante perceber que o dia 23/11/2010 está completando DEZ ANOS! O dia em que parecia que eu estava em um sonho, que senti adrenalina a mil, que encontrei minhas amigas que só conversava virtualmente, que consegui ver pessoalmente quatro alemães maravilhosos. Tokio Hotel continua marcado na minha memória como a melhor parte da minha adolescência. 

A paixão platônica que sentia por eles me deu tanta felicidade que até hoje sinto falta de como eu me sentia feliz por coisas tão pequenas, como ver uma nova foto da banda. Não acho que eu conseguirei superar a sensação que tive dentro da Via Funchal, lugar que hoje nem existe mais. Foi a primeira vez que fiquei horas numa fila e vi várias pessoas amando a mesma banda que eu - porque né, eu mal conhecia outros fãs, numa época em que não existia WhatsApp, nem redes sociais direito, só o falecido Orkut. Pensando dessa forma, realmente parece dez anos atrás.

Ter tido a chance de presenciar o primeiro show deles no Brasil, sendo em São Paulo, é uma memória que vou levar para o resto da vida. As músicas eram maravilhosas, cantei com toda força, vi Tom Kaulitz de pertinho!!! Aí foi tudo muito maravilhoso. Só seria ainda melhor se eu tivesse conseguido Meet & Greet, mas esse marco veio 5 anos depois ❤️

Todo o desespero que senti quando eu achava que iria perder a primeira apresentação do Tokio Hotel no Brasil foi substituída pela mesma intensidade de felicidade e realização ao conseguir viver esse dia em São Paulo. Se eu tivesse feito uma tatuagem com a data 23/11/2010 eu não me arrependeria até hoje, porque esse significado vai muito além de Tokio Hotel, tem a ver com a realização de um sonho, que na época era meu maior sonho. Espero que eu possa viver dias como esse de novo, que em apenas 24 horas senti animação, ansiedade, adrenalina, pura felicidade, só coisas boas.

domingo, 15 de novembro de 2020

Com Amor, Creekwood


Autora: Becky Albertalli
Páginas: 114 páginas
Editora: Intrinseca

O que achei do livro

O livro "Com Amor, Simon" foi bem gostosinho de ler, achei bem legal. Quando vi que tinha continuação, me animei e já logo comecei a ler. Mas diferente do primeiro, "Com Amor, Creekwood" não me ganhou. Não achei legal a história inteira ser passada apenas por troca de e-mails. Também me pareceu que perdi algumas informações no caminho porque várias coisas mudaram de uma forma que não foi muito explicada. 

Enquanto estava lendo e senti isso, pesquisei se tinha algum livro antes desse e vi que tem um "Leah Fora de Sintonia", que foi lançado antes desse. Talvez isso explique alguma coisa, mas não me parece que as histórias sejam dependentes. Quero ler o livro da Leah só para tirar essa dúvida, mas minha animação com essa série diminuiu. Acho que as vivências de cada um nas universidades poderiam ter sido mais exploradas, o foco na saudade dos casais separados poderia ter dado um pouco mais de espaço para isso. Entendo que casais no início da relação que se veem separados sentem essa saudade intensa que foi bem mostrada no livro, mas senti falta de algo a mais. Parece que não teve muita história, nada muito importante aconteceu. De qualquer forma, foi bom ler apenas pela curiosidade, mas não acho que tenha feito muita diferença para a história dos personagens.

domingo, 8 de novembro de 2020

Com Amor, Simon

Autora: Becky Albertalli
Páginas: 214 páginas
Editora: Intrinseca

O que achei do livro

Quando o filme estreou no cinema fiquei com vontade de assistir, mas acabou que o filme saiu dos cinemas e não tive oportunidade de ver depois disso. Em outubro ganhei um kindle, então esse é o primeiro e-book que terminei. A leitura foi tão tranquila que eu terminei em três dias! Claro que eu passei várias horas ontem mergulhada nas páginas porque nos dias de semana não tenho muito tempo voltado para leitura. 

Eu achei essa história um amorzinho: adolescentes se descobrindo, os conflitos que uma hora ou outra sempre surgem entre amigos, e, principalmente, o mistério de quem era o Blue. Achei interessante estar na visão de um menino gay, os pensamentos, as pressões e tudo o que o fazia ficar preocupado. O pensamento dele de "todo mundo devia ter que declarar o que é, devia ser uma coisa bem constrangedora, não importa se você é hétero, gay, bi, ou sei lá o quê. Só uma ideia" me faz pesar em como deve ser difícil ter um segredo desses no ensino médio.

Sobre tentar descobrir quem era o Blue: eu desconfiei de alguns personagens ao longo do livro, em um momento eu havia pensado no mesmo que o Simon, mas no final eu não tinha ideia de que seria quem foi. Gostei que no final deu tudo certo porque sou dessas de gostar de finais felizes e até previsíveis. Quero assistir ao filme para saber como adaptaram a história. Vi o trailer hoje e já percebi que algumas coisas já são diferentes, mas não acho que eu vá desgostar do filme. 

Acho que o Kindle irá me fazer voltar a ler mais. Por exemplo, minha meta para esse ano era ler no mínimo 2 livros. Como antes de outubro eu não tinha conseguido nenhum ainda, estava com dúvidas se essa meta daria certo. Mas acabou que até ultrapassei e acho que até o fim do ano ainda lerei mais. Mas enfim, sobre o "Com Amor, Simon", achei a história boa para relaxar.

quarta-feira, 4 de novembro de 2020

Minha Vida Não Tão Perfeita


Autora: Sophie Kinsella
Páginas: 406 páginas
Editora: Record

O que achei do livro

O início desse livro não estava me prendendo muito. Na verdade, só comecei a ler porque um dia, em janeiro desse ano, eu precisava passar um tempo na rua e ele foi o primeiro que encontrei em casa para levar comigo. As primeiras páginas não me encantaram, mas já que eu só tinha ele, segui a leitura. Só chegando próxima da página 100 que comecei a ficar mais interessada. Mas precisei parar no dia, na parte que eu já queria continuar a ler para saber mais, e o livro sempre ficava na fila para eu pegar um dia. Eu olhava e pensava "eu queria continuar a ler, um dia eu pego".

Como a leitura em 2020 estava bem difícil de acontecer, principalmente por encarar aquelas 700 páginas de Harry Potter, resolvi que iria mudar isso ainda esse ano. Peguei esse livro Minha Vida Não Tão Perfeita do zero - afinal, como lembrar o que li há dez meses?! - há em menos de uma semana. E já terminei. A partir do meio da história passei a me interessar bastante. Gostei da personagem principal ser do meio de Publicidade, dela ter bastante força de vontade, mesmo quando tudo está difícil. 

Uma das coisas mais legais desse livro é que ele mostra os dois lados de todos os personagens, uma hora alguém pode ser visto como a vilã da história, mas tudo pode mudar de acordo com o ponto de vista. Em vários momentos eu fiquei surpresa com o que aconteceu - ainda bem que eu não li a sinopse no livro recentemente, senão teria tirado a graça de muita coisa! Fui ler quando terminei e fiquei abismada com quantas revelações eles colocaram na sinopse, tipo o encontro de Demeter com a Katie/Cat. 

O relacionamento da Katie/Cat com o pai, a ex-chefe Demeter, o Alex, gostei muito de como foi explorado. E claro, adorei o final feliz, porque achei que esse livro não seguiria o clichê que muitos iriam querer, por ser "uma vida não tão perfeita". E a propósito, falando nesse nome, achei que essa questão de publicar a vida perfeita no Instagram seria mais explorada no livro, já que é essa relação que tem no nome do livro e na sinopse. 

Mais para o final do livro eu entendi que na verdade acabamos colocando um filtro na própria vida ao querermos passar a imagem de que aguentamos tudo, sermos fortes, inteligente, e damos conta do recado. Acho que todos deveriam aderir ao movimento @minhavidanaotaoperfeita, por mais que hoje em dia já existam perfis que mostrem o lado real da vida, ainda está muito longe de ser a maioria. 

De um modo geral, gostei bastante dessa história e agora estou me sentindo órfã de livros novamente. Já estou querendo ir para o próximo.

sábado, 24 de outubro de 2020

Harry Potter e a Ordem da Fênix

Eu nem acredito que finalmente chegou o momento de postar sobre esse livro. Foi quase uma missão impossível. Apenas UM livro ter 700 páginas é uma loucura!!! Só sendo um livro de Harry Potter para eu me convencer a ler um livro desse tamanho todo. Mas vamos lá, o que achei do livro.

O início foi realmente sofrido e demorado. A sofrência do Harry começou a me irritar. Aconteceram coisas terríveis e ninguém acreditava nele, isso é muito ruim? Sim. Mas nossa, já estava sem paciência para toda a enrolação do início do livro. Achei que as coisas demoraram muito para começar a acontecer. 

Começou a ficar mais interessante quando começaram os sonhos do Harry, as aulas com o Snape, inclusive a cena que mostra os marotos implicando com o Snape - não gosto do Tiago, também não gosto do Snape, e não acho coerente nenhum dos lados dos fãs que defende horrores esses personagens. Dos quatro marotos, o mais sensato é o Lupin. Pronto.

Pelo livro ser muito grande, eu já imaginava que teriam várias cenas que não estariam no filme, mas realmente são várias coisas que eu não fazia ideia que aconteciam - tipo o Harry tentar usar a maldição Cruciatus. O que senti de diferença no livro é que tanto a morte do Sirius quanto o duelo do Voldemort e Dumbledore passaram muito rápido no livro, achei que no filme essas cenas têm mais intensidade e chamam mais atenção - tem anos que não assisto a esse filme, inclusive estou ansiosa para rever após essa leitura imensa de 700 páginas.

Agora que acabou parece que estou mais leve, realmente aliviada de ter conseguido terminar a leitura desse livro que me desanimava - tanto pela quantidade de páginas quanto pela história do filme ser a que eu menos gosto da franquia. Depois de ler, posso dizer com segurança que tanto o livro quanto o filme não estão entre os meus preferidos e sim na última posição. O Cálice de Fogo segue sendo meu preferido ❤️

Para terminar a saga do Harry agora só faltam dois: Enigma do Príncipe e Relíquias da Morte. Esses eu sinto mais vontade de ler do que a Ordem da Fênix, mas essa missão será para 2021. 

OBS: Foram meses sem aparecer aqui, achando que em algum momento eu conseguiria parar para escrever no blog. Os últimos meses foram pesados, por causa do coronavírus estou em quarentena há sete meses e o principal motivo de eu não ter vindo aqui, como faria se estivéssemos vivendo um período normal, é o fato de precisar ficar no meu próprio computador por muitas horas seguidas, chegando até mesmo a doze horas. Mas quem sabe eu ainda consiga aparecer aqui mais vezes e compartilhar meus feelings de 2020. A esperança é a última que morre. 

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Uma década de Atreva-se!

Uma década! Dez anos! Este blog completa 10 ANOS HOJE! Já tem a idade de uma criança grande, fico chocada! Eu mal acredito que dez anos depois eu continuo escrevendo aqui. Para quem não sabia o que escrever na primeira publicação, cheguei bem longe. E ainda pretendo ir mais! Não está nos meus planos abandonar esse cantinho, que passou a ser um lugar de depositar meus pensamentos e impressões do mundo conforme cresço e amadureço. Ainda tento manter a ideia de pelo menos uma publicação por mês para aqui não ficar repleto de teias de aranha e abandono, mas desde a primeira vez que acabei deixando passar um mês sem nada, em 2016, nunca mais consegui manter essa minha meta como fazia antes, de anos e anos seguidos sempre com pelo menos uma publicação por mês. Claro que isso tem a ver com o tempo disponível que eu tenho para vir aqui e postar, que a cada ano que passa torna-se cada vez menor. Quando este blog foi criado, em 2010, eu tinha todas as tardes, de todas as semanas, livres para eu fazer o que quisesse. Hoje, dez anos depois, levando em conta todas as tarefas que preciso fazer diariamente, meu horário livre se resume basicamente a duas horas ao fim do dia, então tudo que faço é baseado em prioridades, nunca mais consegui fazer tudo que tinha vontade e ainda ter tempo sobrando. Por isso só apareço aqui quando é prioridade: aniversários, depoimentos de shows, eventos marcantes na minha vida, pensamentos que ficam na minha cabeça por alguns dias, e por aí vai. Obviamente vir aqui hoje é uma prioridade porque meu blog está completando dez anos e eu tenho muito carinho por esse cantinho escondido que cultivei. Espero do fundo do meu coração continuar vindo aqui por muitos mais anos. 

PARABÉNS, ATREVA-SE 
(E dessa vez não errei a data de aniversário :P)

sexta-feira, 3 de abril de 2020

Capítulo 7

Chegou o capítulo 7. A chegada não foi exatamente como a nossa personagem esperava, afinal desta vez havia planejado encontrar vários amigos. O destino preferiu que ela permanecesse em casa neste período. Tudo bem. Tudo tem seu tempo e o momento de encontrar todos que ela gosta de estar perto irá chegar. Neste capítulo, as responsabilidades aumentaram e a vida adulta parece mais próxima - na verdade, na altura dessa história, a fase adulta já chegou, mas a protagonista se recusa a acreditar nisso já que no imaginário dela a vida adulta seria bem diferente. Lidar com finanças foi uma experiência nova e um pouco confusa no início, mas ao longo do tempo ela foi aprendendo. Junto com isso, podemos perceber que nossa personagem descobriu uma grande força de vontade para correr atrás do que quer, incluindo a busca por um corpo em que esteja satisfeita, e ela sabe que está cada vez mais perto. Esse capítulo foi um período em que ela pôde se desenvolver mais, ajudar as pessoas mais próximas, amadurecer mais com as coisas da vida que surgem nessa fase e, principalmente, dar valor aos bons momentos - porque depois de tantos capítulos turbulentos, ela com certeza sabe avaliar e agradecer quando tudo parece estar bem. Veremos o que o capítulo 8 nos trará.

sábado, 28 de março de 2020

Tokio Hotel mais uma vez.. me iludiu!

Ok, não foi exatamente culpa do Tokio Hotel dessa vez. MAS ainda sim, pela segunda vez, fui iludida achando que iria ao show do Tokio Hotel no Brasil e no final não teve nada. Dessa vez é por conta do coronavírus, que atualmente faz todos ficarem em casa e não há um dia que alguém não fale "se você pode, fique em casa". Lojas fechadas, hotéis fechados, voos cancelados, shows cancelados, tudo por conta disso. É bem irônico isso acontecer no período em que TH viria para o Brasil: eles sempre demoram cinco anos para voltar e quando decidem voltar, acontece uma pandemia mundial. Enfim, esse é só mais um episódio de quem é fã de Tokio Hotel. 

Teoricamente o show foi apenas adiado, não foi cancelado. Mas com a fama que eles têm, eu duvido muito que o show seja remarcado. Vão acabar cancelando e devolvendo o dinheiro do ingresso. Eu já tinha/tenho ingresso para o show, passagem de avião e hospedagem aceitados. Com toda essa confusão, tudo precisou ser remarcado para o fim do ano. Eu torço para que o show aconteça ainda esse ano, mas não tenho muitas esperanças de que eles farão esse show na américa latina quando essa crise mundial de saúde pública acabar. 

Procurando sempre ver o lado bom das situações, vou poder ir ao show do McFly, que já tem data remarcada e será em outubro. Seria muito azar Tokio Hotel remarcar o show para o mesmo dia do McFly, então acho que pelo menos vou conseguir ir aos dois shows - se esses alemães realmente virem né. 

Só resta aguardar pelos próximos capítulos.

domingo, 8 de março de 2020

Um trevo de quatro folhas

Nunca imaginei que seria uma pessoa sortuda. Conforme fui crescendo, comparava minha vida com a de outras pessoas e parecia que eu estava atrasada em vários aspectos na minha vida, tanto para as questões que eu já queria ter conseguido na época, quanto para coisas que eu ainda nem tinha vontade e eu parecia a errada da história por não ser como a maioria. O tempo foi passando e cada vez mais fui percebendo que a imagem que eu tinha de mim e das outras pessoas era errada, principalmente na área de relacionamentos, seja amizade ou amor.
Via o grupo das pessoas consideradas “populares” da escola e sentia vontade de participar, “queria poder ser desse grupo, ter vários amigos assim deve ser legal”.  Os anos se passaram, descobri que as amizades que aquelas pessoas tinham não eram tão verdadeiras assim e senti alívio em saber que as poucas pessoas que eu poderia chamar de “amigas” eram realmente minhas amigas. A parte de amizade estava resolvida – em partes, mas naquele momento foi o bastante -, só faltava a parte do amor.
Essa área específica não era o meu forte. Desde que me lembro, eu nunca havia encontrado/me interessado/envolvido com pessoas decentes, que realmente me fizesse bem. Com a autoestima lá embaixo, a situação não me ajudava, mas depois de tanto tempo, eu finalmente pude participar do mundo que tantos já falavam há anos, mesmo que naquele momento eu não estivesse tão segura da decisão que havia tomado. O medo de um compromisso era real e precisei de um tempo para digerir que eu realmente estava naquela situação. Foi a melhor coisa que eu poderia ter feito. Mesmo com medo de me machucar, de machucar outra pessoa, de me sentir insegura e todo o nervosinho que bate quando não sabemos exatamente o que vai acontecer, hoje agradeço a mim mesma por ter aceitado entrar nesse “futuro incerto”.
Com o tempo, a decisão que tive lá atrás se mostrou a melhor que eu poderia ter feito, de verdade. Foi a partir dela que pude sentir coisas que eu nunca havia sentido, ter novas experiências, amadurecer, ganhar mais confiança e, finalmente, ser apenas eu, sem me preocupar em sempre agradar. Poder vivenciar isso com certeza é uma sorte, poder sentir tanta tranquilidade, tanto amor, tantas coisas boas de uma vez. Fazendo a mesma comparação que eu fazia quando era mais nova, agora o jogo virou e eu que sou a sortuda, que virou referência. Nunca imaginei que seria uma dessas raras pessoas que pode dizer que está nessa estrada em conjunto há tanto tempo, afinal, “se tantas pessoas tentam e não conseguem, por que eu que não tenho nada demais conseguiria isso”? Mas aqui estou, comprovando para mim mesma que eu consegui sim e ainda consigo, sem dificuldades – o que torna tudo ainda mais lindo.
Todos os anos agradeço ao universo por eu ter a oportunidade de viver algo que tantos procuram, mas não encontram, por encontrar alguém que consiga me fazer sentir tão bem. Seria uma história de filme? Com certeza, e de vários finais felizes porque já vivi vários momentos que dariam um final feliz perfeito. Só agradeço a tudo e a todos os envolvidos por uma oportunidade dessas. 

domingo, 23 de fevereiro de 2020

Tokio Hotel mais uma vez!

É engraçado como muita coisa muda em 10 anos e algumas coisas ainda resistem. Lá em 2010 quando eu soube que Tokio Hotel faria o primeiro show no Brasil eu fiquei desesperada e isso era a única coisa que ficava na minha cabeça, "a melhor banda do mundo vem para o Brasil e não vem para o Rio, não posso perder isso de jeito nenhum". Chega a ser engraçado as primeiras publicações que fiz quando soube dessa notícia, toda aquela intensidade da adolescência, principalmente a que fiz quando finalmente pude dizer que eu iria ao show. Às vezes sinto falta de ter toda aquela adrenalina liberada por "coisas simples", como ver a sombra do tchauzinho que o Bill deu dentro do carro quando estavam chegando na Via Funchal. Depois, em 2015, eu achava que se eles viessem ao Brasil eu não faria questão de ir se não viessem ao Rio de Janeiro, mas foi só divulgarem que teria a chance de mais de um show no Brasil que me agitei, será que finalmente chegaria a vez do RJ? No fim das contas, foi apenas São Paulo de novo. Mas claro que eu fiquei com vontade de ir, ainda mais quando soube que teria pacote de Meet & Greet, essa era a minha chance! Foi um dia incrível, eu revi as amizades que eu tinha feito por conta da banda, consegui curtir as músicas do Kings of Suburbia - que eu não tinha curtido tanto como Humanoid, mas tinha dado tempo de me acostumar e gostar -, curti muito o show e obviamente a melhor parte: conheci esses quatro alemães com direito a foto (que não ficou feiaaaaa)!!! Lembro de olhar a foto pela primeira vez e pensar "meu Deus, isso foi real".

Depois disso eles meio que sumiram né, criaram esperanças de que lançariam o melhor álbum que já fizeram e eis que surge o Dream Machine. Adorei a capa, o nome, mas as músicas? Péssimas. Das dez músicas, só gostei de duas. E até hoje não lançaram álbum novo, apenas singles, mas que pelo menos são melhores do que as músicas do Dream Machine. Eles estavam fazendo a turnê Melancholic Paradise, com músicas das antigas, revivendo o passado (ou deveria dizer revivendo a época em que faziam músicas boas?), pensei "seria legal se viessem aqui", mas eu não tinha esperança de que uma turnê dessas chegasse até a América do Sul. Mas num é que chegou?! Dia 16 de janeiro eu fiquei chocada em saber que eles realmente viriam - até porque em 2018 o Bill publicou no Facebook, no dia do aniversário dos Kaulitz, que fariam show na América Latina, com os nomes das cidades, e Rio de Janeiro no meio... mas no fim da história não teve show nem em São Paulo, o que deixou todos os fãs que ainda restaram bem chateados, principalmente porque não deram nenhuma satisfação depois, apenas nunca mais tocaram no assunto. 

Então sabendo que Tokio Hotel realmente vem ao Brasil para um show único em São Paulo mais uma vez, começaram meus pensamentos: não acho que vale gastar dinheiro com passagem, hospedagem e ingresso para ir nesse show, as últimas músicas ficaram muito ruins e nem gosto mais tanto assim. Por curiosidade fui ver o dia de semana que será o show: domingo. Um dia ruim para estar em São Paulo à noite, se logo pela manhã da segunda-feira já tenho compromissos - saudades resolver isso com "só faltar aula". Para piorar a situação, o show do Tokio Hotel é no mesmo dia do show do McFly, que vai voltar depois de aaaaaanos parados. Com isso logo pensei "Ah sem chances Tokio Hotel, é num domingo, é no dia do McFly, aqui no RJ vou gastar muito menos", e então estava decidida de que pela primeira vez eu não iria ao show do Tokio Hotel.

Mas aí vem o marketing deles né e foi só eu assistir ao vídeo que postaram no Instagram divulgando a tunrê na América Latina que me ganharam. Estrategicamente essa turnê busca as músicas antigas, que todos os fãs sempre dizem sentir saudades, então ganham muito com isso. Comecei a pensar: "Oras, se o problema era que as últimas músicas não eram legais, essa turnê é das músicas antigas, as que eu mais gosto. Sendo domingo, posso voltar na segunda-feira bem cedo. Sobre o show do McFly, eles devem lançar álbum novo logo com a volta deles, então com certeza vão voltar. Acho que dá para ver Tokio Hotel mais uma vez, não quero perder, vai que é o último show deles aqui no Brasil".  E foi assim que decidi que eu iria nesse show, no fim do mesmo dia que eu estava decidida de que não iria. É muito doido o que uma paixão da pré-adolescência e adolescência pode fazer, né?! Comecei  a pesquisar os custos de tudo para essa viagem. Na mesma semana consegui garantir os ingressos, as passagens e o hotel. Tudo certo! A única coisa que não vai dar esse ano vai ser o pacote Meet & Greet, porque o mesmo que tive em 2015 está lá pros mil reais e isso já é demais - até porque eu já consegui conhecer os quatro e ter uma foto, seria mais para atualizar, mas R$1.000 para ter uma foto já é demais.

O legal desses shows do Tokio Hotel não é apenas o show, é todo o processo de viajar, estar em outra cidade, rever os fãs deles, o show em si, o clima no aeroporto, gosto muito. Então eu, depois de quase 10 anos do primeiro show do Tokio Hotel no Brasil, estarei novamente em São Paulo dia 22 de março de 2020 para assistir a esses alemães ridículos que não sabem se comunicar com os fãs direito, mas que ainda amo o que eles já me fizeram sentir e toda a história que construí e cresci com eles. 

Vem 22.03.2020!